Caso de canibalismo em Garanhuns tem repercussão internacional

Por Ricardo Banana
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A história de terror envolvendo homicídio e canibalismo, que chocou os pernambucanos nos últimos dias, está repercutindo no mundo inteiro. O caso do esquartejamento de duas mulheres desvendado no município de Garanhuns, no Agreste Setentrional do estado, tornou-se destaque na imprensa internacional. Entre os sites que publicaram reportagens sobre o crime estão o espanhol El País, aBBC de Londres e os argentinos Clarín e Rio Negro.

No El País de ontem (14), a reportagem destacava que o crime que horrorizou o Brasil não se tratava de um fato ocorrido em “alguma tribo indígena da selva amazônica, mas de uma história de canibalismo ocorrida a pouco mais de 200 quilômetros das cidades turísticas do Recife e de Olinda”. Em seu portal, o veículo ainda publicou um vídeo com os acusados.

BBC de Londres chegou a publicar um mapa para situar os leitores sobre a localização do município. A matéria ressaltava ainda a suspeita que recai sob os acusados Bruna Cristina de Oliveira da Silva, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Isabel Cristina Pires da Silveira, presos na última quarta-feira (11), sobre outras seis mortes.

Já o argentino Clarín destacou o fato de os criminosos terem feito empadas com a carne de suas vítimas.

Uma das novidades sobre o caso é que possivelmente dois dos três acusados de assassinar, esquartejar e comer a carne das próprias vítimas chegaram a gravar um filme caseiro com cenas de homicídio e canibalismo. O fato ainda será investigado pela delegacia local.

Saiba mais sobre o crime

O trio pernambucano é acusado de assassinar, praticar canibalismo e usar a carne das vítimas para rechear empadas e coxinhas em rituais macabros. Eles afirmaram participar de uma seita anti-semitista chamada Cartel, que combatia a “procriação” e tinha como alvo mulheres que deram à luz mais de um filho.

O primeiro crime cometido pelos três acusados teria vitimado uma moradora de rua identificada como Jéssica Camila. Ela teria sido tirada das ruas pelos suspeitos quando pedia esmolas em um canal de Boa Viagem, Zona Sul no Recife.

Com uma filha de dois anos, foi levada para a casa da família, no bairro de Rio Doce, Olinda, onde foi assassinada dois meses depois. O crime aconteceu em julho de 2008. Jéssica também teve o corpo enterrado no quintal da casa e depois teve os ossos removidos para um terreno baldio, quando o trio se mudou para a Paraíba.

Os assassinatos em série começaram a ser desvendados depois que a polícia encontrou os corpos de Giselly Helena da Silva, de 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, de 20. Na casa onde moravam os suspeitos e onde foram localizados os cadáveres esquartejados e enterrados no quintal, também havia um livro e um caderno onde os assassinos fizeram confissões escritas de próprio punho.

Fonte: Diário de Pernambuco

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