Até a primeira quinzena de novembro, esse foi o quantitativo distribuído pela Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). Essas mudas foram doadas para instituições como escolas, unidades de saúde, prédios públicos, além da comunidade. Espécies como umburana de cheiro, mulungu, ingazeira, caraibeiras, ipês, dentre outras, devem ganhar forma nos próximos anos e contribuir, desta forma, com o processo de arborização da cidade sertaneja.
Com capacidade para produzir até dez mil mudas, o viveiro municipal- que está situado na escola Miguel Arraes, no bairro Henrique Leite – contabiliza hoje a existência de aproximadamente 5.800 mudas de espécies típicas da Caatinga e também das que são adaptáveis ao nosso ecossistema. No Viveiro há produção de Aroeira, Pereiro, Tamburil, Flamboyant, dentre outras. No início do ano, o espaço passou por uma reforma que permite com que hoje se produzam as mudas com maior celeridade e qualidade.
“As mudas são solicitadas através de ofícios e até mesmo de pessoas que se dirigem à sede da AMMA e demonstram interesse em adotar uma espécie. Nós buscamos dar toda orientação para que a pessoa ou instituição que receba a doação saiba como cuidar daquela espécie, o tempo de maturação, de crescimento, enfim, as informações técnicas para que a planta possa crescer e cumprir com seu papel dentro do ecossistema”, explica o diretor presidente da AMMA, Gleidson Castro.
O gestor do órgão ambiental salienta ainda a importância do Viveiro como espaço de Educação Ambiental “Escolas nos enviam ofícios solicitando uma visita ao local. A equipe de Educação Ambiental da AMMA acompanha e explica sobre as espécies, além de abordar sobre a importância da preservação e conservação da Caatinga”, complementa Castro.
Vale salientar que a equipe da Educação Ambiental , em atividades de campo, também faz coleta se sementes de espécies da Caatinga, nas Unidades de Conservação da Caatinga(UCCA´s), com a finalidade de produção no Viveiro.
“A gente sabe que é recorrente a idéia de que a cidade tem que se arborizar cada vez mais. E nesse sentido, o Viveiro Municipal tem cumprido com seu papel, ao servir como espaço de educação, ao produzir e distribuir as mudas. No entanto, é sempre bom enfatizar que a participação de todos é fundamental dentro desse processo. Não basta só a gente distribuir. As pessoas e instituições que recebem estas espécies devem se comprometer em cuidar e possibilitar com que estas plantas possam se desenvolver e, consequentemente, contribuir para que a população tenha uma melhor qualidade de vida”, destaca Gleidson Castro.
A população de Petrolina também pode ajudar no processo de produção de mudas, de uma maneira muito simples: basta juntar caixas vazias que serão utilizadas como recipientes que abrigarão as plantas. Para o ambientalista Vitório Rodrigues, ao adotar essa atitude, o cidadão ajuda a natureza de várias formas. “Esse tipo de caixa, quando vazia, normalmente vai parar no lixo e se constituir em um sério problema ambiental por ser de difícil biodegradação. Sendo reaproveitada, pode se transformar em um importante elemento aliado da natureza. A caixinha é reutilizada por um período entre 8 e 12 meses a mais, tendo como resultado as plantas que nelas são produzidas e a quebra de resistência antes de mandá-las de volta para a natureza, considerando que além de ser de difícil degradação, também é de difícil reciclagem. A composição desse tipo de caixa é feita de material como alumínio e polietileno. O processo de decomposição é lento e pode degradar o meio ambiente. Quando utilizamos para o plantio, já conseguimos diminuir esse impacto”.
Empresas ou cidadãos que queiram doar as caixas vazias podem deixar diretamente na sede da AMMA, no centro de Petrolina, ou ligar para os telefones 87 3866 2779/3861 4382, para agendar a coleta.
ASCOM AMMA
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