Com início da quaresma, procura por peixes cresce em Petrolina

Por Ricardo Banana
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A tradição católica de comer peixe nesta época do ano aquece o comércio de pescados em Petrolina.
A quaresma começa nesta quarta-feira (22). Para os católicos, o período é de reflexão, jejum e é evitado o consumo de carne vermelha . Por isso, o início da quaresma deixa vendedores de peixes otimistas. No box de Socorro Antunes, na feira da Areia Branca em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a maioria das espécies vem de Sobradinho e Rodelas, na Bahia, e Teresina, no Piauí.
“A expectativa é muito grande, já começou o pessoal a procurar e a tendência é melhorar”, disse Socorro.
A comerciante ainda consegue manter os preços do ano passado. O quilo da Tilápia está saindo por R$ 20 e o do Surubim por R$ 35. A hora de comprar e estocar peixe é agora.
Mesmo sem reajuste no preço do peixe, Francisco Carlos Filho reclama, mas vai levar pra casa. O aposentado até deu dica de como preparar o prato. “A gente pegou um piauzinho para cozinhar e assar”.
No box de dona Antônia Santos, a tilápia é a espécie mais procurada pelos consumidores, mas a variedade é grande. Uma parte dos peixes vem daqui mesmo, do Rio São Francisco. A outra, do Maranhão.
O comerciante Antônio Wilson Silva prefere o Piau. O comerciante mantém a tradição católica de comer peixe nesta época do ano, pelo menos às quartas-feiras. “Geralmente a gente come na quarta-feira e na sexta-feira. Eu não ligo muito para isso, mas a família come como manda o protocolo”.
Na praça do peixe, um dos principais pontos de venda de pescado da cidade, a procura pelo prato principal do período da quaresma também já começou. O quilo do Tambaqui ou da Tilápia está sendo vendido a R$ 25 reais, mas o cliente tem a opção de já comprar o peixe assadinho. A comodidade sai mais caro, o quilo da tilápia assada fica R$ 50.
A corretora de imóveis Flávia não abre mão do costume de consumir peixe durante a quaresma e achando no precinho. “Achei semelhante ao ano passado. As coisas já estão caras, acho que o preço se manteve”.

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