Os governadores dos estados do Nordeste terão uma reunião, nesta quarta-feira(25), no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff. No encontro, os gestores pedirão a manutenção de investimentos em obras, liberação de créditos subsidiados e a regulamentação do novo indexador das dívidas estaduais. .
Para o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), “o Brasil não pode fechar todas as torneiras e achar que só o superávit importa. Isso pode causar desemprego que, somado à inflação que já está aí, pode ser fatal para os brasileiros”. O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), lista como prioridade a regulamentação do indexador das dívidas estaduais e municipais. “Não é uma demanda só minha, mas de vários Estados que estão com dívida”, observou o peemedebista.
As demandas dos governadores nordestinos, contudo, deverão encontrar dificuldades para serem viabilizadas em razão do ajuste fiscal pretendido pelo governo federal. A avaliação é que a reunião seria um gesto de conciliação para com a Região, que garantiu a reeleição da presidente, além de servir para alavancar uma agenda positiva de maneira a tentar reverter a queda de popularidade do governo Dilma.
Em dezembro do não passado, os governadores eleitos assinaram a chamada “carta da Paraíba”, listando 15 exigências comuns a todos os estados do Nordeste. No documento, eles reconheciam a nova conjuntura econômica e financeira e afirmavam que aceitariam rediscutir parte das demandas listadas. O temor, porém, está concentrado sobre o fato de que a redução dos investimentos federais e as dificuldades na obtenção de crédito acabem por gerar desemprego.
“Obras importantes não podem passar por contingenciamento. É preciso mantermos um pouco a condição de investir, principalmente para garantir a questão do emprego”, disse do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). (Pernambuco 247)
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