Condenados no mensalão vão deixar direção do PT

Por Ricardo Banana
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imageCondenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (foto abaixo) e os deputados José Genoino e João Paulo Cunha não integrarão mais o Diretório Nacional do PT, a partir de 2014. O nome dos três foi excluído pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) da chapa que apoia a reeleição do presidente do PT, Rui Falcão. “Eu não tenho preocupação em sair da chapa, mesmo porque não queria estar na direção desde que deixei a presidência do PT. Nunca reivindiquei nada e acho isso absolutamente normal”, afirmou Genoino. Dirceu e João Paulo não se manifestaram.

A decisão de tirar Dirceu, Cunha e Genoino da cúpula do PT foi tomada depois que o Supremo decidiu pela punição. Embora o PT tenha considerado o julgamento “político” e manifestado apoio público a seus réus, mantendo-os no comando partidário – na contramão do estatuto -, a avaliação foi de que agora eles não tinham mais condições de entrar na chapa. No segundo semestre o Supremo julgará os recursos apresentados pela defesa dos réus e, se as condenações forem mantidas, todos podem ser presos.

Embora o PT tenha considerado o julgamento “político” e manifestado apoio público a seus réus, mantendo-os no comando partidário – na contramão do estatuto -, a avaliação foi de que agora eles não tinham mais condições de entrar na chapa que concorrerá a novo mandato. Em meados de agosto o Supremo deve começar a julgar os recursos apresentados por advogados de defesa dos réus do mensalão e, se as condenações forem mantidas, todos podem ser presos.

“Eu não tenho preocupação em sair da chapa, mesmo porque não queria estar na direção desde que deixei a presidência do PT. Nunca reivindiquei nada e acho isso absolutamente normal”, afirmou Genoino. Dirceu e João Paulo não se manifestaram.

A disputa pelo comando do PT em um ano pré-eleitoral, as dificuldades do governo após os protestos nas ruas, os percalços na economia e a crise de relacionamento com o PMDB são os principais assuntos da reunião do Diretório petista, que ocorrerá neste sábado, 20.

Dilma desiste. A presidente Dilma Rousseff iria participar do encontro, mas desistiu. Até mesmo uma equipe “precursora” do Planalto chegou a visitar na quinta-feira a sede do PT, em Brasília, para vistoriar o local. Esse trabalho só é feito quando a presidente planeja ir a algum evento, embora muitas vezes ela cancele, depois, sua programação, alterando a agenda de compromissos.

A assessoria de Dilma alega, porém, que ela foi convidada para a reunião do PT, mas nunca confirmou presença. No programa Roda Viva, veiculado na segunda-feira pela TV Cultura, o presidente do PT, deputado Rui Falcão, disse que Dilma iria ao encontro de sábado.

Dirceu e Genoino comparecerão à reunião do Diretório Nacional. Ali, a cúpula do PT vai bater na tecla de que Dilma não está isolada e conta com o aval de seu partido na corrida pelo segundo mandato. Em conversas nesta semana com deputados, senadores e governadores do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva brecou a pregação do “Volta, Lula” e chegou a chamar a estratégia de “burrice”, conforme revelou o Estado. Além disso, em artigo no “The New York Times”, Lula pediu a “profunda renovação” do PT.

A eleição que vai escolher a nova cúpula do PT, com voto dos filiados, ocorrerá no dia 10 de novembro. Rui Falcão é o favorito para continuar no comando. Além dele, outros cinco candidatos disputarão a presidência do partido: Paulo Teixeira, Renato Simões, Valter Pomar, Markus Sokol e Serge Goulart. Nove chapas foram inscritas e cada uma delas apresentará 110 nomes para o Diretório Nacional. Pelas normas já aprovadas no PT, 50% das cadeiras de direção devem ser destinadas às mulheres, 20% aos jovens e outras 20% às cotas raciais. (Estadão)

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