Conexão de r$ 180 milhões entre Meirelles e JBS faz dólar disparar

Por Ricardo Banana
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Uma reportagem da revista Piauírevela que o ministro Henrique Meirelles recebeu nada menos que R$ 180 milhões entre 2012 e 2016 e assinou várias atas do conselho de administração da J&F, a holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, atualmente presos.

O caso repercutiu imediatamente no mercado financeiro e foi tema de reportagem da agência Bloomberg. “Dólar mantém alta acompanhando o movimento da moeda no exterior. Também contribui para valorização o desconforto gerado pela notícia de que Henrique Meirelles teria assinado atas do conselho de administração da J&F, segundo reportagem publicada pela revista Piauí. Entre 2014 e 2016, a J&F registrou cinco atas do conselho de administração da holding, na Junta Comercial de São Paulo, que teriam sido assinadas pelo hoje ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, todas elas referentes à aprovação de contas, eleição e renúncia de conselheiros, segundo reportagem da revista Piauí publicada no site”, diz o texto.

Alheio ao escândalo, Meirelles se colocou como presidenciável no fim de semana, embora tenha menos de 1% na mais recente pesquisa Ibope. “Sim, sou presidenciável. As pessoas falam comigo, me procuram, mas ninguém me cobra uma definição. No mundo político, por exemplo, dizem o seguinte: o senhor tem o meu apoio, estou torcendo para isso”, disse o ministro, completando, no entanto, que é “pé no chão” e não fará nada “baseado no entusiasmo”.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a disparada do dólar:
Depois de duas baixas seguidas, a moeda norte-americana teve forte alta nesta sexta-feira (3) e fechou acima de R$ 3,30 pela primeira vez em quatro meses. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,307, com alta de R$ 0,043 (1,32%), na maior cotação desde 4 de julho (R$ 3,31).

A divisa iniciou o dia próxima da estabilidade. Durante a manhã chegou a operar em baixa, mas reverteu a tendência no início da tarde, após a divulgação de resultados do emprego norte-americano.

Hoje, o Departamento de Trabalho norte-americano anunciou que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu 0,1 ponto percentual e fechou outubro em 4,1%, no resultado mais baixo em 17 anos. No mês passado, foram criados 261 mil postos de trabalho.

O mercado ainda repercute a nomeação de Jerome Powell para comandar o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) a partir de fevereiro. Responsável pela nomeação, o presidente Donald Trump quebrou uma tradição, ao não reconduzir a atual comandante do Fed, Janet Yellen, para um segundo mandato.

Menos desemprego nos Estados Unidos reforçam a aposta de que o Fed aumentará os juros da maior economia do planeta na próxima reunião. Taxas mais altas nos países desenvolvidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, o que pressiona o câmbio para cima.

*Com informações da Agência EFE (247)

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