CONSELHO DE ÉTICA JULGA AGORA O DESTINO DE CUNHA

Por Ricardo Banana
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imagemApós uma série de manobras para postergar a discussão, deputados federais que integram o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara decidem neste momento se darão sequência ou não ao processo que pede a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cunha é alvo de inquérito no STF por corrupção, suspeito de ter recebido propina no esquema de corrupção da Lava Jato, e acusado de ter mantido contas secretas na Suíça, por onde teria passado a propina, sem declarar o dinheiro no Brasil.

Os deputados irão votar o relatório do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que pede a continuidade da ação. O advogado de Cunha disse que não há provas contra o deputado e que a denúncia da PGR não é suficiente. Já Pinato lembrou aos parlamentares que o exame de admissibilidade do processo “em momento algum prejulga alguém. Não fala em perda de mandato”.

A reunião começou às 14h45, com a presença de 21 parlamentares (quórum completo) e do advogado de Cunha, Marcelo Nobre. Deputados se revezaram por um bom tempo em manobras para tentar adiar a votação até que a Ordem do Dia seja aberta em plenário, o que obriga todas as comissões a suspenderem votações.

Até o horário de abertura do painel e o fato de um dos suplentes – deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) – ter “furado fila” para registar presença transformaram-se em motivo de debates e impasses regimentais que se estenderam por mais de 30 minutos.

A situação provocou tumulto e bate-boca. O deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) se exaltou e chegou a chamar Lorenzoni, que desmentia que tinha furado fila, de mentiroso.

Além do impasse com a questão do democrata, Araújo ainda apelava para que a reunião fosse transferida para um plenário maior e menos quente, reclamando repetidas vezes da temperatura do local, que estava lotado, com diversas pessoas acompanhando de pé. (247)

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