Apesar da tendência de continuidade do processo de impeachment – cujo parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) deve ser aprovado nesta quinta-feira (4), a presidente eleita Dilma Rousseff tem se empenhado pessoalmente para mudar o voto dos senadores indecisos no julgamento final que será feito pelo Plenário da Casa no final de agosto.
As contas feitas por aliados de Dilma apontam que, além dos 22 votos conquistados contra o impeachment em maio, ela já teria conseguido reverter o voto de pelo menos outros dois senadores contra o seu afastamento definitivo.
Segundo o jornal Valor Econômico, um dos votos que teriam sido revertidos é o do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que votou pela abertura do processo em maio, apesar do seu partido ter apoiado Dilma.
A expectativa positiva dos aliados de Dilma também estão lastreadas na promessa da realização de um plebiscito sobre a antecipação das eleições presidenciais, além da possibilidade de ausências ou abstenções no dia do julgamento. Dilma precisa de 28 votos voltar ao cargo, enquanto o vice-presidente em exercício Michel Temer precisa de 54 votos dos senadores para assumir de fato a chefia do Executivo Federal.
“Aqui e na pronúncia no plenário, ambos já tem resultado claro. São por maioria simples. A grande decisão é o julgamento”, destacou o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE). (247)
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