Criadores de Cabrobó, PE, sofrem com a falta de milho para os animais

Por Ricardo Banana
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Os criadores de gado de Cabrobó, no Sertão pernambucano, dizem que o milho que é distribuído pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não está disponível. Com a falta de ração, os pecuaristas temem que os animais não resistam e morram sem ter com o que se alimentar.

O criador Antônio Freire tem 30 cabeças de gado na zona rural de Cabrobó. Com a forte estiagem que vem assolando o Sertão, as águas dos poços estão quase acabando e não há mais pasto para alimentar os animais. O mandacaru e a torta de algodão têm sido as únicas alternativas encontradas pelos criadores para salvar os rebanhos.

Por conta da seca, o Governo Federal, através da Conab, está disponibilizando milho para a alimentação do gado, com preço bem abaixo do mercado. Mas a situação relatada em Cabrobó é de dificuldade para se conseguir obter os grãos. “Sem esse milho, fica complicado para mim, fica muito difícil. Se o milho chegasse, melhorava muito a situação”, contou o pecuarista José Freire da Silva.

A cidade sertaneja está na lista dos que decretaram situação de emergência, por causa da longa estiagem. Mais de mil criadores estão sendo afetados no município. “A situação é essa: a gente se sacrifica, compra a ração cara, para não morrer”, disse Antônio Freire, que já gasta R$ 500 por mês para tentar alimentar o rebanho.

Pela Conab, a saca de milho sai por R$ 18,12 – no mercado, o valor sobe para R$ 40. Para os criadores da região, o valor é considerado alto. “Quando acabar os recursos, os donos das lojas não vão querer vender fiado. Se o milho chegar, é um custo a menos”, ponderou José Freire.

Para comprar o milho, o criador precisa se cadastrar em um dos sete polos da Conab em Pernambuco – as unidades ficam no Recife, em Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Floresta, Ouricuri e Petrolina. É necessário que o produtor leve cópia dos documentos pessoais identidade, CPF, comprovante de residência e a ficha sanitária fornecida pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro).

Fonte: G1 PE

 

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