Dalmir Pedra rebate críticas sobre a saúde pública em Juazeiro-BA

Por Ricardo Banana
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Sem títuloAs discussões sobre as deficiências na saúde pública de Juazeiro-BA, que marcaram a sessão desta terça-feira (01) na Câmara Municipal de Juazeiro, foram tema da intervenção do vereador Dalmir Pedra (PP) que, em aparte ao vereador Nalvinho (PTdoB), alertou: “A saúde é um assunto importantíssimo e em que pese Juazeiro ser polo, juntamente com Petrolina, a discussão não pode ser míope”.

Citando o caso do Matergam, medicamento utilizado entre a 28ª e 30ª semana da gravidez, o vereador lembra que o acompanhamento deve ser feito na cidade de origem e que Juazeiro não recebe recurso destinado à aplicação desta droga e, portanto, a falta deste medicamento não pode ser creditada à Secretaria Municipal de Saúde.

Dalmir retomou o assunto no pronunciamento do horário dos blocos: “Temos de reconhecer! Quando abriu a Maternidade de Juazeiro, eu e doutor Paulo Mariano, éramos os únicos a cobrir trinta dias aquele hospital. Juazeiro fez concurso. Hoje, nós temos anestesistas de fora, que vieram por conta deste concurso, que supre todos os hospitais da cidade. Isso foi iniciativa! Hoje, tem uma carreira na área de saúde, com integralidade e paridade, comparada a Brasília!”.

E continuou: “Hoje, Juazeiro tem uma maternidade com pediatra de plantão, obstetra de plantão. Isso trouxe qualidade assistencial à parturiente e aos neonatos. Vai ser apresentado em breve, o Programa Mais Saúde, que vai descentralizar recursos para as unidades dos PSFs, para que, às vezes, uma lâmpada não impeça o bom andamento do serviço”, enfatizou Dalmir.

Lembrando que Juazeiro é um polo com um milhão e novecentas mil pessoas, Dalmir rebateu as críticas da vereadora Valdeci Alves (PV): “O recurso não é repassado da mesma forma que é demandando. Existe o subfinanciamento do SUS”, e citou o exemplo da pactuação de obstetrícia: “Juazeiro é pactuado em obstetrícia, mas o recurso que recebe só dá para pagar, mal, a equipe. Não paga o Matergam”, finalizou.

Sobre falta de pagamento à Pro Matre, citada por alguns vereadores na tribuna, Dalmir foi incisivo: “Tenho conversado com Pedro Borges Filho (Diretor da Pro Matre), tenho conversado com o Secretário de Saúde. Existem situações que vão ter de ser discutidas. A Pro Matre é um hospital filantrópico, trabalhando com contratualização. Recebe um repasse fixo para fazer demandas. Juazeiro tem um passivo, pois não estão sendo feitos os procedimentos, mas o repasse é fixo” e exemplificou: “Por seis meses não foram feitas cirurgias neurológicas, mas o município recebeu a fatura mensal de R$ 140 mil”.

E mais uma vez alertou: “É importante conhecer isso, saber disso e trazer a discussão de forma que venha resolver o problema da sociedade, que venha resolver o problema dos funcionários”.

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