Daniel Alves: ‘Quando me aposentar do futebol, é pra gastronomia e pra moda que vou correr’

Por Ricardo Banana
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imagemO jogador de futebol juazeirense Daniel Alves, aos 31 anos, e prestes a enfrentar uma das maiores batalhas: jogar pela Seleção Brasileira em uma Copa dentro de casa, disse que nunca imaginou estar onde chegou. Ele, que também defende o Barcelona, disse, em entrevista à Avianca em Revista, publicação da empresa aérea Avianca, que seu ídolo sempre foi seu pai, e que imaginava ser igual seu Domingos.

“Eu nem pensava em sair da roça porque queria ser igual ao meu pai. Se ele estava feliz lá, eu estava feliz”, relata. Por andarem sempre juntos, a paixão do pai naturalmente passou pro filho. Quando Daniel completou 13 anos, Seu Domingos, corajosamente, levou ele e os irmãos para morarem em Juazeiro, a 30 quilômetros da roça, facilitando o acesso aos estudos e, claro, ao time juvenil de futebol da cidade. Até então, eles moravam no povoado de Umbuzeiro, na região do Salitre, e tinha que caminhar cerca de uma hora e meia para chegar na escola.

Jogou em Juazeiro, depois foi para Salvador, depois seguiu para Europa. De lá pra cá o craque vem colecionando vitórias e conquistas importantes. Ele disse que um dos momentos mais importantes foi em 2010, quando foi escalado como reserva para a Copa do Mundo 2010, na África do Sul. “Esse foi o momento que mais me marcou. O peso de estar dentro da seleção. Fiz uma carreira fora do Brasil, por isso ninguém me conhecia de verdade. Depois disso, a vida deu uma reviravolta. Aquele era o meu momento”, conta o craque.

Daniel disse que a inveja é um dos maiores problemas do ser humano. “Vamos ser felizes. Sem sofrer porque queria ter a condição de quem está do nosso lado. Te juro que não falo isso pela vida que tenho hoje, porque não deixei de fazer nada do que fazia antes”, garante.

Após dez anos morando fora, o atleta se modernizou e virou praticamente um crítico gastronômico. A moda também entrou como carro-chefe. Seus looks inspiram e dizem muito sobre sua personalidade. Ele é o seu próprio personal stylist e chama a atenção pela ousadia das roupas e acessórios que veste. “Eu já tinha essa curiosidade, mas a condição não permitia. Gosto de itens divertidos, alegres. A vida é divertida, de cores, de boas loucuras. Me inspiro na minha alegria e na alegria dos meus pais para conduzir a vida”, diz. O dia em que aposentar as chuteiras, é pra gastronomia e pra moda que ele vai correndo. “Quero fazer com que a culinária brasileira seja referência no mundo. Além disso, pretendo criar uma marca de roupas minha”, revela.

Com humildade, o único da família Alves com olhos verdes, herdados do avô, ganhou o mundo. Os pais seguem na zona rural de Juazeiro, orgulhosos pela conquista do filho. “Até hoje, meu pai assiste um mesmo jogo de futebol 50 vezes. Qualquer um. É fissurado”, diz. Imagina na Copa! Seu Domingos vai ao delírio.

José de Oliveira / Jornalista

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