Denúncias sobre elo de Demóstenes e Cachoeira são ‘incômodas’, diz DEM

Por Ricardo Banana
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O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou nesta sexta-feira (23) que as denúncias envolvendo o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), e o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, são “incômodas” para o partido.

Reportagem do jornal “O Globo” publicada nesta sexta afirma que gravações da PF mostram que o senador pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais para Carlinhos Cachoeira. A assessoria de Torres afirmou que o senador não vai se manifestar sobre o assunto.

Cachoeira foi preso pela PF no fim de fevereiro em uma ação contra o jogo ilegal e está em uma prisão federal em Mossoró (RN). Investigações da Polícia Federal mostraram envolvimento de Demóstenes e Cachoeira. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, citou ainda que outros parlamentares de Goiás são citados nas investigações da PF. Ele analisa pedido de esclarecimento sobre as denúncias contra Demóstenes.

“Negar que é uma situação incômoda é negar o óbvio. Nós esperamos a manifestação do procurador da República. As denúncias e os fatos precisam ser esclarecidos”, afirmou o presidente do DEM. Segundo Agripino Maia, apesar da situação incômoda, o partido não tem motivos para duvidar das declarações dadas pelo senador.

“Ele próprio [Demóstenes] já pediu as investigações. O partido confia nele e deseja que todos os fatos sejam esclarecidos”, afirmou Maia.

Ao se defender das denúncias, no começo de março, Demóstenes Torres afirmou, em plenário, que é amigo do empresário, mas não mantém negócios com Carlinhos Cachoeira.

“Não há possibilidade jurídica do meu envolvimento ou de qualquer outro parlamentar neste assunto […] Estamos em um estado democrático de direito. Com a conclusão das informações, sabe-se que nunca existiu nenhuma investigação que envolve meu nome”, afirmou o senador, em discurso no dia 6 de março.

PGR

Parlamentares integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção anunciaram que na próxima terça-feira (27) vão se reunir com o procurador-geral da República a fim de buscar informações sobre as denúncias envolvendo parlamentares e o empresário Carlinhos Cachoeira.

O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), reclama da demora nas investigações. Também devem participar do encontro o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Francisco Praciano (PT-AM), coordenador da frente.

“É de se estranhar essa lentidão para abertura de inquérito. De nossa parte, trata-se de zelo pela ética na política e defesa do próprio Congresso Nacional”, disse Alencar.

 Fonte: G1

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