Desemprego cresce em março, mas é o menor da história para o mês

Por Ricardo Banana
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A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas brasileiras aumentou de 5,7% em fevereiro para 6,2% em março, segundo a PME (Pesquisa Mensal do Emprego) divulgada nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 2002.

No mês passado, o mercado de trabalho das regiões metropolitanas recebeu mais 122 mil pessoas em busca de emprego, o que elevou o número de desempregados no Brasil para 1,5 milhão nas maiores cidades. A pesquisa de emprego do instituto é realizada em Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Por outro lado, o número de trabalhadores empregados se manteve estável na passagem de fevereiro para março, em 22,6 milhões. Quase metade desse total tem carteira assinada — 11,1 milhões.

O salário real dos ocupados teve alta de 1,6% em relação a fevereiro e atingiu R$ 1.728,40 em março, o maior valor para o mês desde 2002.

Em março de 2011, a taxa de desemprego chegou a 6,5% e o pico para o mês foi registrado em 2002, quando 12,8% do total de pessoas da PEA (População Economicamente Ativa) estava sem trabalho.

Regiões

A taxa de desemprego subiu em todas as regiões metropolitanas na passagem de fevereiro para março, com destaque para as regiões metropolitanas de Recife e de Porto Alegre. Na capital pernambucana, o índice de desocupação saltou de 5,1% para 6,2% e em cima da média nacional. Já na capital gaúcha, o desemprego passou de 4,1% para 5,2%.

m Belo Horizonte, a taxa foi de 4,7% para 5,1%; no Rio de Janeiro, passou de 5,7% para 5,9%; e, em São Paulo, de 6,1% para 6,5%. Em Salvador, na Bahia, está a maior taxa de desemprego do País, com 8,1%, depois de marcar 7,8% em fevereiro.

Os salários médios aumentaram em quatro das seis regiões metropolitanas entre fevereiro e março: em Belo Horizonte (4,7%), São Paulo (2,2%), Porto Alegre (2,2%) e Recife (1,2%). Na capital mineira, chegou a R$ 1.669; na capital paulista, está em R$ 1.852; na Grande Porto Alegre chegou a R$ 1.613; e, na capital de Pernambuco, está agora em R$ 1.205.

No Rio de Janeiro, houve estabilidade no valor médio dos salários — R$ 1.805,30 em março. Já Salvador apresentou redução no valor médio do salário, que chegou a R$ 1.482, depois de marcar R$ 1.490 em fevereiro.

Na última quarta-feira, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e a Fundação Seade indicaram que o desemprego nas regiões metropolitanas do País subiu pelo terceiro mês seguido e atingiu 10,8% em março. Isso representa 2,4 milhões de pessoas sem trabalho.

Quem tem maior salário?

Os trabalhadores dos setores de educação, saúde, serviços sociais e administração pública ganharam, em média, R$ 2.285 ao mês em março e estão no topo da lista de salários médios. No segundo lugar está o setor de serviços, que pagou, em média, R$ 2.195 no mês passado.

O salário médio da indústria ficou em R$ 1.729; dos outros serviços, como transporte e hospedagem, em R$ 1.405; na construção civil, os ganhos reais médios foram de R$ 1.309; no comércio, ficou em R$ 1.271; e, nos serviços domésticos, em R$ 637.

 Fonte: R7

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