Dilma pede ambição nos compromissos a serem fechados na Rio+20; “temos responsabilidade com a história”

Por Ricardo Banana
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dilma-discurso2-700Em seu discurso oficial no primeiro dia dos encontros de chefes de Estado na Rio+20, a presidente Dilma Rousseff falou à conferência e defendeu que os países têm de ser ambiciosos nos compromissos assumidos na Eco-92, mas que é preciso avançar sobre essas propostas.

— Temos de ser ambiciosos. O texto que representa o consenso entre países aqui presentes é o resultado de grande esforço de conciliação e aproximação de posições para avançar no sentido do futuro. Somos governantes desse planeta. Pelas nossas mãos passam decisões políticas que impactam o crescimento. Temos responsabilidade perante a história e perante nossos povos. Temos o compromisso com a vida, o bem estar das pessoas, de milhões de homens e mulheres que habitam esse planeta.

Dilma lembrou que a ida de indústrias mais poluentes para do hemisfério norte para o sul pesou para os países em desenvolvimento e que compromissos, como o protocolo de Kyoto, ainda estão longe de serem cumpridos pelos países.

— A transferência de indústrias mais poluentes do norte para o sul do mundo deixou uma pesada carga para países em desenvolvimento. A promessa de ajuda para esses países ainda não se materializou, apesar do esforço das nações. Os compromissos do protocolo de Kyoto não foram atingidos. O princípio fundamental das responsabilidades comuns tem sido muitas vezes recusado na prática, sem eles não há construção de um mundo mais justo, no qual o ser humano é o centro de nossas preocupações.

Segundo Dilma, com a crise econômica na Europa, países em desenvolvimento assumiram um papel fundamental no crescimento, no entanto, ela enfatizou que esse processo tem de ser global e não só de uma parcela dos países envolvidos.

— É certo que países em desenvolvimento passaram a responder por uma parcela cada vez mais significativa do crescimento, mas a recuperação para ser estável tem de ser global. [Perante a crise] é forte a tentação de tornar absolutos os interesses nacionais, a disposição para acordos vinculantes fica fragilizada. Tenho convicção de que é grande a nossa vontade de acordar nessa conferência com uma visão de futuro, em desenvolvimento sustentável e para negociar em área de importante relevância.

Dilma ressaltou o papel que o Brasil cumpre nas políticas de desenvolvimento sustentável ao mostrar dados da economia nacional e vincular esses números a políticas ambientais.

— O Brasil faz a sua parte. Com a democracia e a transformação econômica, crescendo com sustentabilidade, inclusão e justiça social. Mais de 40 milhões de brasileiros foram para classe média, temos uma matriz energética limpa, nossas fontes renováveis de energia são 45%, estamos ampliando áreas de proteção ambiental e 75% das áreas de proteção ambiental criadas desde 2003 no mundo estão no Brasil.

Dilma disse que o desenvolvimento sustentável deve vir acompanhado por distribuição de riqueza, criação emprego, expansão da renda, distribuição de renda para por fim à miséria e reduzir a pobreza, acesso à educação, segurança pública e outros serviços que promovem o bem estar dos cidadãos.

Fonte: R7

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