Dívida com bancos e cartão vira negócio e Brasil segue com 72 milhões seguem como nome sujo

Por Ricardo Banana
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O número de 72 milhões se mantém firme há anos com valor declarado próximo dos R$380 bilhões.

Começou, esta semana, uma parceria do Ministério da Fazenda (Desenrola), Correios e Serasa, num inédito mutirão emergencial de renegociação de dívidas com ofertas variadas, seja online para o Brasil todo nas plataformas da empresa de cobranças.

Como assim? O governo não disse que o Desenrola foi um sucesso e que mais lançado em 17 de julho do ano passado para recuperar as condições de crédito dos devedores atendeu cerca de 2,7 milhões de brasileiros, o que representa mais de R$20 bilhões em dívidas renegociadas?

Devendo R$ 100

Foi. Mas o problema é que o Brasil desde 2019 não consegue baixar o número de pessoas negativadas de 70 milhões. A despeito de uma centena de feirões para limpar o nome dos endividados. E de todo esforço para fazer o freguês pagar o que deve.

Em janeiro, por exemplo, o Brasil registrou 72 milhões de inadimplentes (43,91% da população) que deviam R$382,8 bilhões, com média de R$5.311,96 por pessoa endividada. A média esconde situações bem diferentes: O público de 41 a 60 anos é o grupo que mais acumula débitos (35%) , seguidos pelos consumidores de 26 a 40 anos (34,2%). Além disso, 52,24% devem entre R$100 e R$1.000,00. E, acredite: Ao menos 7,76 milhões de pessoas estão com o nome sujo porque devem até R$50,00 e outras 9,13 milhões devem entre R$50 e R$100,00.

Negativados

A proposta de fazer um Mega Feirão Serasa e Desenrola tem como objetivo limpar o tentar fazer maior número possível de pessoas de modo a que elas possam voltar a comprar a crédito. Mas a verdade é que não tem dado certo. Nem o Desenrola Brasil e sem os Feirões do Serasa – que chegou a fazer ações nos estados – tem funcionado. Tanto que o número de 72 milhões se mantém firme há anos, assim como o valor declarado das dívidas se mantém próximo dos R$380 bilhões. O que ninguém sabe é que isso virou um negócio.

Pode parecer muito estranho, mas toda vez que um consumidor deixa de pagar uma conta e entra na lista de devedores como nome negativado no Serasa, ele passa a fazer parte de um setor da economia chamado de NPL (Non Performing Loans) que diz respeito à compra e venda de carteiras de dívidas inadimplentes por parte das empresas que possuem clientes devedores.

Compramos dívidas

Em 2023, tivemos um total de R$34 bilhões transacionados apenas com a venda de carteiras inadimplentes de 36 empresas. Este ano, a perspectiva é de que o setor movimente R$62 milhões como foi em 2022, o melhor ano do segmento. Ou seja, tem gente interessado em comprar a lista de devedores ruins das empresas

Apenas uma empresa, a Recovery possui sob sua gestão mais de R$152 bilhões de créditos inadimplidos e, atualmente, mais de 35 milhões de clientes com dívidas ativas em sua base. A Recovery é uma empresa do Grupo Itaú e plataforma especialista em recuperação de crédito no Brasil.

Devendo R$ 1 tri

Como quem deve na praça sabe, antes de ver a publicidade dos feirões, o seu celular vive cheio de ofertas de empresas convidando o devedor a fazer uma negociação com descontos de até 90%. O jogo é pesado e como se observa ao menos uma dezena de empresas (parte controlada pelos próprios bancos) se estruturaram para atuar nesse segmento.

Uma dessas empresas, a NPL Brasil é uma gestora independente de créditos corporativos inadimplentes (non perfoming loans – NPL) estima que existe um estoque de dívidas não pagas em bancos públicos, privados, de desenvolvimento e cooperativas de R$1 trilhão. E outro R$1 trilhão de negócios NPL ainda não explorado de empresas do agronegócio, indústrias, Fundações e créditos comerciais que podem ser cobrados livrando as empresas de ter um setor para isso.

Desenrola 2,0

No caso da pessoa física parte do problema é que a lógica do negócio é manter esses devedores até o dia em que eles se dispuserem a fazer uma negociação. O que revela certo contra-senso porque existe um estoque de ao menos 17 milhões que devem R$100,00 e que mantém o nível de 70 milhões.

O Desenrola que foi vendido como uma solução pelo governo Lula se mostrou insuficiente embora tenha sido um negócio muito bom para os bancos que fizeram renegociações e transformaram o que era prejuízo num novo empréstimo. Foi bom para o banco, mas não ajudou quem continua devendo e com o nome sujo.

Blindagem 1

Nem só de residência vive o mercado de segurança privada no Brasil. Números divulgados pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin) revelam como segue crescente o medo do brasileiro diante da violência urbana, acompanhado da sensação de insegurança. Em 2023, o país registrou a blindagem de 29.296 veículos, um novo salto de 13% em comparação ao ano anterior. Foi recorde de blindagens, desde 1995.

Blindagem 2

Hoje, a frota blindada estimada no Brasil é de aproximadamente 340 mil carros. São Paulo lidera com 85% (23 mil) veículos blindados no período. Rio de Janeiro 6,6% do mercado (1.852 veículos blindados). Ceará (3,5% do mercado), Pernambuco 641 (2,3%) e Rio Grande do Sul 428 veículos protegidos (1,5%) fecham o grupo dos cinco maiores. No setor, o fato novo é a presença cada vez maior dos carros híbridos e elétricos nas blindadoras.

Marcelo na Amupe

O prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia é o novo presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Tomou posse ontem na presença da governadora Raquel Lyra. Substituiu a presidente da Amupe, Márcia Conrado, que é prefeita de Serra Talhada e ficará no cargo até o ano de 2025.

Conexões

O Plaza Shopping selecionou cerca de 30 mulheres de diversos segmentos de mercado para o projeto especial “Plaza Viva Mulher: Celebrando Conexões, Experiências, Poder”. Amanhã (7), às 17h30, na área externa do Tio Armênio com um bate-papo com a influenciadora Mila Moura, do Grupo W.

Liquidação

O Shopping Tacaruna realiza o Liquida Tacaruna 2024 de hoje (6) a domingo (10) com descontos de até 70% nas lojas participantes. Durante a liquidação, o Shopping Tacaruna terá o horário normal de funcionamento: das 9h às 22h (segunda a sábado) e das 12h às 21h (domingo).

Com informações: JC Online

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