Na manhã desta terça (24), os vereadores da Bancada de Oposição de Petrolina tiveram mais dois requerimentos reprovados pelos parlamentares da base governista. Um deles pedia informações sobre às empresas citadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Lava Jato, envolvendo a possível contratação dessas empresas pela Prefeitura de Petrolina para pagamento de empréstimos do senador Fernando Bezerra Coelho e do seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho, investigados no inquérito 4.513, pai e irmão, respectivamente, do prefeito Miguel Coelho.
O primeiro requerimento n° 297/2019, foi proposto pelo vereador Paulo Valgueiro e Gabriel Menezes, subscrito pelo colega de bancada Gilmar Santos, que propôs o segundo requerimento n° 295/2019, para a realização de uma Audiência Pública com a finalidade de discutir sobre a regularização fundiária no município. Ambos requerimentos rejeitados com ampla maioria dos votos legislativos.
Valgueiro, que é líder da Bancada de Oposição, argumentou que após a notícia, que virou manchete em toda a mídia nacional, do possível envolvimento dos políticos na contratação ilegal de empresas usando a máquina pública de Petrolina, era o momento do prefeito explicar para a população o que tem de verdade e mentira nessas citações. “Nós estamos cumprindo a nossa função de legislar, e nada mais justo do que oferecer a Casa do Povo para que o prefeito clareie as informações, seja transparente, apresente o que tem de verdade e o que tem de mentira nas manchetes da mídia nacional, nas delações e nas investigações da Polícia Federal, mas diante de mais uma rejeição, blindada pelos vereadores do prefeito, percebemos que existe algo muito sério para ser abafado, escondido, negando a população de Petrolina mais uma vez às informações verdadeiras. Tentam a todo momento colocar nuvens negras, criam cortinas de fumaça para minimizar a manchetes dos jornais que colocam Petrolina em situação de destaque de forma negativa, com personalidades políticas envolvidas no maior escândalo de corrupção do país. Esperávamos que os vereadores aprovassem porque não têm o que esconder, já que defendem tanto a inocência dos seus líderes políticos”.
Já Gilmar se surpreendeu com a rejeição do requerimento que, segundo ele, contraria o interesse público. “Petrolina tem histórico de ocupações e muita gente ainda não tem suas escrituras, o que contribui para fraudes, pela falta de regularização fundiária. Título de posse, não é escritura. Nosso debate era importante para regularizar as tantas pendências no município, com terrenos irregulares”, frisa o vereador, que aproveitou para reforçar o discurso de Valgueiro. “Quando o requerimento que pede informações é negado, reforça a teoria de que a gestão de Petrolina está tirando dos petrolinenses, que elegeu o prefeito, o direito à informação sobre o Governo municipal”.
Na sessão ordinária, foram apresentadas 21 indicações, três requerimentos e seis Projetos de Lei. Estavam presentes os vereadores da Bancada de Oposição Cristina Costa, Gabriel Menezes, Gilmar Santos e Paulo Valgueiro, o vereador Elismar Gonçalves justificou sua ausência na reunião deliberativa.
Mônia Ramos/Bancada de Oposição Petrolina