Dólar dá trégua e opera em queda, cotado a R$ 3,52

Por Ricardo Banana
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DOLAR-2-2-4-2Um dia após a ‘segunda-feira de pesadelo’ nos mercados financeiros mundiais, o dólar comercial abriu em queda frente ao real e às 10h15m a moeda americana recuava 0,56% sendo negociada a R$ 3,53. A moeda acompanha o dia um pouco mais ameno no exterior, depois de medidas de estímulo à economia anunciadas pelo banco central chinês, apesar de uma nova rodada de quedas nas Bolsas asiáticas. A Bolsa de Valores de São Paulo (bovespa) segue os pregões europeus e tem uma dia de recuperação. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, abriu em alta e às 10h13m apresentava valorização de 2,55% aos 45.467 pontos.

 Ontem, a divisa americana fechou em alta de 1,63% frente ai real cotada a R$ 3,552, a maior valorização em 12 anos. O Ibovespa teve queda de 3,03%, aos 44.336 pontos, o menor patamar desde desde os 44.181 de 8 de abril de 2009, quando as Bolsas globais ainda tentavam se recuperar da crise financeira.

No exterior, “o dólar permanece fortalecido ante as principais moedas dos países desenvolvidos, ao passo que as divisas dos emergentes se valorizaram neste momento”, afirma o Bradesco, em relatório. 

Para o economista Jason Vieira, da infinity Asset, o cenário ainda é de altíssima volatilidade com os investidores duvidando da capacidade de crescimento de 7% da economia chinesa, percentual previsto para este ano. O mercado também considerou que o governo não deu estímulos suficientes para reverter a queda da Bolsa ontem. Nesta terça, o governo baixou a taxa de juros e reduziu os compulsórios dos bancos para tentar tranquilizar os investidores.

“Esse movimento sinaliza a reiterada preocupação das autoridades chinesas com a instabilidade do mercado financeiro, além da desaceleração da atividade econômica”, diz relatório da Gradual Investimentos.

Segundo a agência estatal de notícias da China “Xinhua, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) também injetou hoje 150 bilhões de iuanes (cerca de US$ 23,4 bilhões) no sistema financeiro do país por meio de operações de recompra reversa. Nas operações de recompra reversa, o banco central compra ativos com o compromisso de revendê-los no futuro, a fim de combater a falta de liquidez.

– O medo dos investidores é que a China leve os mercados emergentes a uma crise mais profunda, num momento em que os indicadores econômicos destes países estão ruins. Este é um momento de ajuste de ativos, especialmente nas Bolsas – diz Vieira.

No Brasil, analistas temem que a crise chinesa aprofunde a recessão.

Para o analista de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme Esquelbek, o anúncio feito pelo banco central chinês nesta manhã intensificou a recuperação dos mercados financeiros, mas ele ressalta que a situação interna da China continua incerta, o que pode trazer uma dose extra de volatilidade ao pregão. (Globo.com)

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