Em chegada festiva, campeãs do handebol garantem estarem preparadas para 2016

Por Ricardo Banana
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imageMenos de 48 horas depois da histórica conquista do título mundial, a seleção brasileira feminina de handebol desembarcou com festa em São Paulo. Aguardadas por um batalhão de jornalistas e familiares, as atletas conheceram um assédio até então desconhecido, que surpreendeu a todas.

Eleita a melhor atleta do mundo pela Federação Internacional da modalidade no último mês de janeiro, a ponta direita Alexandra Nascimento foi tão requisitada para fotos e entrevistas que até brincou ao ser questionada se já havia vivido um momento com tanto assédio:

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— Não, afinal estamos falando de handebol. Mas chegar e receber esse carinho é maravilhoso. (…) Ver essa festa é mais gratificante que a medalha Já a goleira Babi, um dos destaques da conquista com suas milagrosas defesas, acredita que finalmente a modalidade alcançou um patamar merecido há pelo menos dois anos, quando o time começou a se destacar em âmbito mundial:

— É tudo muito novo. É isso que o nosso esporte precisava, não vou mentir que é uma surpresa, mas é uma surpresa muito gostosa.

Capitã do time nacional, a pivô Dara admitiu que ainda não tem a total consciência da representatividade do feito alcançado com o título invicto na Sérvia, com direito a vitória por 22 a 20 sobre as donas da casa na decisão:

— Parece que a ficha que ainda não caiu, mas isto é a recompensa do trabalho de várias pessoas durante anos. Só temos a celebrar agora porque esse título é do Brasil

Cobranças

Junto com toda a festa, porém, não demoraram a aparecer as perguntas sobre o Rio 2016. Eliminadas nas quartas de final em Londres 2012 após emocionante partida contra as futuras campeãs da Noruega, as jogadoras se mostraram cientes de que a conquista do Mundial vai aumentar a pressão pela medalha de ouro na próxima edição dos Jogos Olímpicos.

E, ao contrário do que se pode imaginar, o clima entre elas não é de preocupação com isso. Pelo contrário, garante Duda Amorim, eleita a melhor jogadora do Mundial:

— A pressão, que estava muito alta, agora diminui um pouco, pois já provamos que a gente consegue. Estamos um pouco mais confiantes para a Olimpíada

Alexandra, inclusive, chegou a minimizar o título mundial ao falar do desafio que chegará daqui a dois anos e meio:

— Tem um ditado que fala: “Cuidado com o que você pede, pois você pode conseguir”. Somos totalmente conscientes da responsabilidade que nós teremos para ganhar o ouro no Rio, pois aqui foi só um passo. E, por mais que a gente fique festejando, foi pequeno. Precisamos continuar o trabalho da melhor forma possível

Apesar disso, ainda há espaço para celebrar esse momento histórico, encarado pelas jogadoras como um presente de Natal antecipado. Diz Duda:

— Não existe presente mais perfeito que esse. O que mais eu posso querer?

Das campeãs do mundo, apenas três não vieram ao Brasil: as armadoras Karoline Souza e Deonise Cavaleiro e a goleira Mayssa Pessoa. O técnico Morten Soubak, que é dinamarquês, também preferiu passar o fim de ano com os familiares na Europa. (R7)

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