Em PE, Lava Jato cumpre mandados de busca e de condução coercitiva

Por Ricardo Banana
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imagemA Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a 33ª etapa da Operação Lava Jato. Em Pernambuco, a ação, denominada ‘Resta Um’, teve como objetivo o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento e, em seguida, é liberada.

As ações aconteceram no bairro de Santana, na Zona Norte do Recife, na casa do engenheiro e empresário André Pereira, de 64 anos. Ele já chegou à sede da da PF, no Centro da capital pernambucana, e no momento presta depoimento. Ele está acompanhado pelo advogado.

O principal alvo dessa etapa da Lava Jato é a construtora Queiroz Galvão. A investigação tem como objetivo apurar ilegalidades na construção da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape, no Grande Recife. André Pereira tem ligação com a empreiteira.

Na casa do empresário que foi alvo da condução coercitiva, os agentes federais apreenderam um celular, uma pasta com documentos, um notebook, um tablet, cinco pen drives e um HD. Os dois mandados foram realizados às 7h. Todo o material será enviado para o Paraná, que concentra as investigações da Lava Jato.

Ao todo, a PF cumpre 32 mandados no país. Além de Pernambuco, houve ações em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais. O ex-presidente da construtora, Ildefonso Colares Filho, e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente no Rio de Janeiro.

Não há prazo para que sejam liberados. Há ainda um mandado de prisão temporária (por cinco dias) para Marcos Pereira Reis, ligado ao consórcio Quip. Segundo a PF, ele está no exterior.

As investigações foram deflagradas para apurar suspeitas de formação de cartel com outras empreiteiras. O grupo teria fraudado licitações da Petrobras, gerando prejuízos ao erário público e gerando lucros a empresas privadas.

A propina teria sido paga a funcionários do alto escalão da estatal, em valores que já se aproximam a R$ 10 milhões. Além de Suape, haveria relação com contratos da empreiteira no Complexo Petroquímico do Rio, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e Refinaria Duque de Caxias.

O nome “Resta Um” é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada “Regra do Jogo” em que empreiteiras formaram um cartel visando burlar as regras de contratação por parte da Petrobras. (G1 Pernambuco)

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