Embrapa semiárido e seu processo seletivo para chefia em cima da hora: será um jogo de “cartas marcadas”?

Por Ricardo Banana
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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – tem relevantes serviços prestados à sociedade brasileira nos seus 50 anos de existência. Em Petrolina, parece que a unidade da Embrapa Semiárido parou no tempo com as tecnologias de convivência com a seca e adaptação de cultivares nas gestões de Pedro Gama, o qual assumiu a chefia em 2003 no início do governo Lula. Segundo os pequenos agricultores, o gestor havia apresentado no seu plano de trabalho o resgate das tecnologias de convivência com a seca, o que não teria acontecido.

Com o fim do primeiro mandato de Pedro Gama à frente da unidade em 2007, quem assumiu a chefia da unidade foi o pesquisador Natoniel Franklin de Melo, o qual tinha Pedro Gama como assessor especial com poder direto na tomada de decisões. Em 2010, Pedro Gama voltou a chefiar da Embrapa Semiárido e havia prometido diminuir as diferenças entre o grande e o pequeno produtor, por meio de novas tecnologias, contudo, também não conseguiu cumprir. Assim, deixou a unidade em péssima colocação dentre as demais Embrapas.

Pedro Gama, chefe geral da Embrapa Semiárido – Fabio França, chefe  Adjunto P&D

No último dia 14 de junho, foi lançado o edital para escolha da nova chefia. Segundo os bastidores, o processo seletivo é um jogo de “cartas marcadas”, no qual deve ter como escolha o pesquisador Flávio França – Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento – pessoa de confiança de Gama. Pesquisadores de outras unidades estavam aguardando o edital com um prazo maior para poderem apresentar as suas propostas, porém, em função do pouco intervalo de tempo entre a publicação e a escolha, desistiram de participar. Eles ficaram com “uma pulga atrás da orelha” ao desconfiarem do processo como se fosse algo obscuro.

Opinião

“Pedro Gama deveria fortalecer as pesquisas para os pequenos agricultores, mas se fecha diante de uma vaidade em comandar a unidade. Não abre a Embrapa Semiárido pra novos horizontes de acesso a novas pesquisas”, comentou um pequeno agricultor.

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