O que se partiu, cristal não era, dizia Carlos Drummond de Andrade. Assim, a parceria entre os deputados Odacy Amorim e Fernando Filho, que nas últimas eleições foi vendida como sendo composta pelo mais puro cristal, se revelou uma taça criada numa vidraçaria de segunda classe. Se antes aliados, agora são combativos adversários no jogo político que determinará os seus futuros em Petrolina e no estado.
Nessa competição, caso dê Fernando ou Odacy, a cidade ficará órfã de deputados, das representações que escolheu para falar por ela em Brasília e no Recife.
Em entrevista, Odacy Amorim (PT) já disse que Fernando Filho (PSB) tem um mandato importante. Deixou a entender que a cidade ficaria mal representada na Câmara dos Deputados. Mas esqueceu-se de falar do seu mandato. Cada um teve cerca de 30 mil votos dentro de Petrolina. Agora, querem abdicar dos seus cargos para o qual foram eleitos para entrar em outro embate político de onde podem se sair bem, ou muito bem desgastado.
Se perderem as eleições para Julio Lossio no dia 7 de outubro, a antiga dupla Fernando Filho e Odacy Amorim poderá ficar mais fragilizada para tentar a reeleição parlamentar em 2014. Concorrentes poderão alegar que os dois mudam de posição tão facilmente como o vento de direção.
Portanto, cabe ressaltar que Petrolina vive um tempo de homens partidos. Partidos pelo grande interesse pessoal em sentar na cadeira mais cobiça do sertão do estado a da prefeitura municipal de Petrolina.
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