Espaço do leitor: Miguel Coelho. Um novo ciclo se inicia

Por Ricardo Banana
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miguelMuito jovem para ser prefeito? Claro que não. A questão da idade é algo relativo, não influência em nada quando temos um objetivo definido. Há um clima de ansiedade e muita expectativa. Por um lado alguns duvidando e outros apostando. Quando Miguel Coelho for empossado o palanque político terá que ser desfeito, independentemente de qualquer agremiação partidária. O mesmo será o prefeito de Petrolina e não de uma só cor ou de um grupo isolado. O que se espera de um Prefeito? Obviamente que ele simplesmente trabalhe mostrando ações voltadas para o social. É tremendamente enorme o desafio, administrar uma cidade como essa exige muita responsabilidade e comprometimento. O prefeito que será empossado não é um mágico, não é o salvador da pátria, é muita presunção achar que ele transformará Petrolina na oitava maravilha do mundo, mas tem a capacidade de fazer o mínimo do possível. Uma das grandes características de um gestor público: saber captar recursos, buscar alternativas e fazer parcerias. Além disso, mostrar serviço, suar a camisa e fazer o diferente, correspondendo aos anseios da população. Contudo, é impossível não vir críticas, todo aquele que se coloca numa posição de liderança, tanto pode ser elogiado, quanto apedrejado. Por ser filho de um Senador da República, certamente, a cobrança será mais intensa. Portanto, são necessários, secretários e assessores competentes que o ajudem na grandeza da missão. Um Prefeito mal assessorado, de certa forma, denigre e macula a reputação do gestor. Ninguém pode ser réu de juízo a menos que prove o contrário. Nesse aspecto me dirijo a Miguel Coelho, não podemos julgá-lo precipitadamente como alguns já estão fazendo. Seja ele ou qualquer outro que tenha ganhado a eleição tem que ter sua oportunidade, agora chegou a vez dele, veremos como será seu comportamento perante a opinião pública, e o quarto poder, que é a imprensa. O tempo é o senhor da razão. Talvez não tenha a experiência ainda da governabilidade, mas cremos que tenha ideias inovadoras e modernas que bem aplicadas ajudará no desenvolvimento dessa querida terra. Há muito que fazer, há muito que priorizar em curto, médio e longo prazo.  O município não sobrevive só com as receitas próprias de ISS, IPTU, FPM, porque territorialmente Petrolina é muito grande, principalmente nas áreas periféricas da cidade, que requer uma atenção especial, totalmente diferente do centro da cidade. Creio que antes de tomar qualquer decisão, se faz necessário arrumar a casa, fazer um diagnóstico da situação da prefeitura e administrar com segurança. Lembrar-se de tratar bem o corpo de funcionalismo, eles são o cartão postal da prefeitura, e são formadores de opinião. Essa classe não pode ser vista com descaso, e sim valorizados. Em relação aos cargos de confiança se preciso for porque não enxugar à máquina? Por que não diminuir a quantidade de secretários? É uma sugestão, significa economia e aplicabilidade do dinheiro público em algum setor emergente. Olhando superficialmente, há pelo menos dois gargalos que precisa urgentemente de um olhar sempre atento: A saúde do município e o transporte público. As pessoas ao se dirigirem ao posto de saúde têm que encontrar o médico, bem como o medicamento que é distribuído gratuitamente. E a questão dos transportes, deve funcionar sem embaraços, com linhas suficientes nos bairros atendendo a necessidade do usuário. Se atentarmos para a historicidade dos fatos e, aqueles que contribuíram para o progresso dessa cidade, não há motivos para preocupação, os bons exemplos devem ser imitados. Cremos que o jovem prefeito fará tudo que estiver ao seu alcance para deixar sua marca. Petrolina é uma das cidades mais importantes do Vale do São Francisco, precisa avançar e, desenvolver-se muito mais. Sabemos que o novo gestor que tomará posse é do PSB, bem alinhado com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Creio que Petrolina será bem assistida em termos de força política e recursos financeiros. Consagrar-se como Prefeito dessa terra é a realização de um grandioso sonho, é um momento mágico e impactante na vida desse jovem.  Para os petrolinenses uma esperança renovada, novos tempos, outra realidade. Só quem pode provar à sociedade que fará uma gestão com transparência e imparcialidade é o próprio Miguel. É bom que fique bem claro, quem sentará a cadeira do executivo não é o senador, Fernando Bezerra Coelho e sim seu filho. Cada um tem a sua característica de agir e governar, embora sejamos tentados a fazer comparações entre um e outro, o momento não é para isso, temos que acreditar em dias melhores, torcer para que tudo dê certo, porque o que está em jogo são os interesses do município, sobretudo da população. Acredito que o jovem prefeito está cheio de entusiasmo e vibração e, muita vontade de fazer o seu melhor, vez que é sua primeira experiência no comando do executivo municipal. Como inspiração maior e modelo, Osvaldo Coelho, que fez muito afim de que essa terra dos impossíveis fosse próspera e, tantos outros que por aqui passaram. Obviamente, não é prudente extinguir aquilo está dando certo no governo atual e, sim, fazer ajustes. O prefeito Júlio Lossio tem mérito por seus acertos e deixará também sua marca, por exemplo: A implantação do Nova Semente, o pagamento dos funcionários em dia, muitas vezes, antecipado,  como também, os indicadores na educação básica do município. Saúde, força e muita confiança em Deus, que faça um governo tal que Petrolina possa agigantar-se em grandes empreendimentos estruturais!

Antonio Damião Oliveira da Silva (damis.oliver@hotmail.com)

Professor de Matemática

Guarda Municipal Petrolina-PE

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2 comentários

Roberto Santos 3 de outubro de 2016 - 20:58

Só espero que ele não faça igual ao pai, que agora se vê acuado pelo Janot como envolvido em 45 milhões em propinas… e não tem nada a ver com PT, Lula ou Dilma !

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Mauricio Dantas 3 de outubro de 2016 - 9:30

A eleição de Miguel Coelho foi justa porque elegeu realmente quem o povo quis, pois ele obteve maioria dos votos. Mas não se notou o mesmo na eleição para vereador, já que esse monstrengo chamado “coeficiente eleitoral” puxou para cima dezenas de vereadores “pouco votados” e que não representam a vontade do eleitor chegando ao absurdo de um vereador com pouco mais de 800 votos ultrapassar mais de 20 vereadores mais votados que ele e ser “colocado” na câmara por essa matemática esquisita onde o que vale não é a vontade da maioria. O que nos leva a pensar será que um vereador que é eleito por essa quantidade de votos se sente na “obrigação” de representar o povo na câmara e trabalhar para o bem do cidadão ou sera apenas um “cordeirinho” da bancada para aprovar projetos e interesses de seu grupo politico? Vamos ficar de olho nesses vereadores que são quase metade da casa (10 puxados pelo coeficiente eleitoral) para fiscalizar seu trabalho!

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