Espanha diz que terá ‘consideração especial com brasileiros’

Por Ricardo Banana
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Após o Brasil anunciar que a partir de abril vai adotar regras mais rígidas para aceitar a entrada de turistas espanhóis, as questões referentes à imigração entre os dois países entraram na pauta do governo da Espanha.

Em entrevista à Folha, o ministro da Justiça espanhol, Alberto Ruiz-Gallardón, afirma que há uma falsa impressão de arbitrariedade em relação aos turistas brasileiros barrados na Espanha.

Sexta-feira, Ruiz-Gallardón participou no Rio da reunião anual da Comissão Delegada da Conferência de Ministros de Justiça Ibero-Americanos.

Segundo ele, a imagem negativa atribuída à Espanha com a expulsão de brasileiros pode ser uma questão de cifras. “O número de brasileiros que entram na União Europeia pelas fronteiras espanholas é muito maior [do que recebem outros países].”

Em 2010, no entanto, a Espanha recebeu 241 mil brasileiros ante, por exemplo, os 275 mil que entraram na Itália. Portugal recebeu 677 mil.

“Isso faz com que os dados quantitativos [de brasileiros expulsos] muitas vezes se convertam em qualitativos.”

Ruiz-Gallardón diz que conversou com o ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, sobre a necessidade de “intensificar as relações em todos os assuntos referentes à imigração”.

Segundo ele, como a Espanha é signatária do tratado de Schengen [de livre circulação de pessoas entre países da União Europeia], as regras aplicadas aos brasileiros são as mesmas de outros países.

Porém, diz, “a Espanha vai manter uma consideração muito especial, respeitando os limites de Schengen, aos cidadãos brasileiros”.

RETIDA

No início do mês, a brasileira Dionísia Rosa da Silva, 77, foi retida por três dias no aeroporto de Madri, na Espanha, ao tentar visitar a filha, que mora naquele país.

A polícia espanhola afirmou na época que a filha e o genro de Dionísia vivem em situação irregular na Espanha, e que isso foi determinante para não deixá-la entrar.

Além disso, a polícia diz que ela não tinha dinheiro e nem apresentou extrato bancário que comprovasse ter os 70 euros por dia de permanência, mínimo exigido pela Espanha. A neta que viajava com a avó foi liberada.

Fonte: Uol

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