Funcionários da Infraero também ameaçam parar

Por Ricardo Banana
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A situação no Aeroporto Internacional do Recife, que já está problemática por causa da greve dos policiais federais, pode piorar ainda neste mês. O fato é que os servidores da Em­presa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ameaçam paralisar as atividades a partir do dia 27 em todo o Brasil. Nesta sexta-feira (17), haverá duas assembleias em Pernambuco, ambas no Recife, a fim de que sejam decididos os rumos da categoria.

“Queremos um aumento salarial de, em média, 8%, mas o Governo Federal só apresentou uma proposta de 5%. Neste caso, vamos nos reunir amanhã (hoje), para decidirmos se haverá indicação de greve no dia 27”, afirmou o delegado sindical do Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina), Leonardo Félix.

Caso a indicação seja aprovada, as operações aeroportuárias, como fiscalização de pátio e inspeção de passageiros, além de operações de carga, serão paralisadas. “Os serviços vão funcionar apenas com 30% do nosso efetivo e nenhuma carga será importada ou exportada de Pernambuco”.

Já os policiais federais, que reiniciaram a operação padrão ontem, também contribuem para a indignação dos passageiros. A situação deve-se, conforme o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Pernambuco (Sinpef-PE), à falta de propostas do Governo Federal com relação às reivindicações dos agentes, escrivães e papiloscopistas, que de­ram início ao movimento grevista desde o dia 7 deste mês.

Com relação ao atendimento ao público no aeroporto, ele continua parado e a quantidade de passaportes emitidos diariamente foi reduzida de 200 para 44: todos mediante agendamento. Para receber o documento, é necessário apresentar a passagem comprada ou o agendamento do visto. Os procedimentos de embarque e desembarque voltaram a ser atrasados, tendo em vista a minuciosa fiscalização dos federais com os passageiros.

“Com a operação, mostramos como seria se fizéssemos a fiscalização do modo correto.Temos pouco efetivo. Se a gente fizesse os serviços de fiscalização normalmente, revistando todo mundo, o atraso seria constante. Mas, já que não temos policiais suficientes, fazemos a tudo por amostragem (em média,1% dos passageiros) e o crime organizado sai ganhando”, atestou o presidente do Sinpef-PE, Marcelo Pires.

Os agentes, escrivães e papiloscopistas federais também reivindicam a re-estruturação de carreira, que seria a passagem do reconhecimento de nível médio para nível superior. O Governo Federal havia marcado uma reunião com a categoria no dia 31 de julho. Contudo, não foi apresentada nenhuma solução por parte dos dirigentes. A próxima rodada de negociações está prevista para ocorrer na próxima terça-feira, em Brasília.

 

Fonte: Folha-PE

 

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