A adesão do Enem pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) vem causando bastante polêmica na região nos últimos tempos. É que para ingressar em uma das 23 graduações, o estudante tem que, obrigatoriamente, participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e depois se inscrever no Sisu.
A partir daí, é que o estudante escolhe qual curso pretende se inscrever, tendo a opção de concorrer em duas graduações. O preenchimento das vagas é feito com as notas do Enem e a Univasf dispõe de cinco campi em três Estados. Em Pernambuco, há duas unidades em Petrolina, sendo uma na zona urbana e outra na área rural. Na Bahia, são também dois campi, em Juazeiro e em Senhor do Bonfim. No Piauí, a Univasf está presente no município de São Raimundo Nonato.
Nesta quinta-feira (17), a União dos Estudantes do Vale do São Francisco (Uesva) pretende debater sobre a adoção do Enem nas universidades da região, em uma audiência pública na Casa Plínio Amorim, às 19h. De acordo com o representante da entidade, Hícaro Tharlan de Araújo, o objetivo é mostrar à sociedade os prejuízos com a adoção do Enem. “Da forma que é realizado hoje o Enem na Univasf, por exemplo, os estudantes da região ficam prejudicados e, conseqüentemente, a sociedade, com a falta de profissionais locais. O que queremos é implantação de um sistema de blindagem, que poderia ser adotado com a segunda fase do processo seletivo, como já acontece na Universidade Federal de Pernambuco”, argumentou.
Segundo Gonzaga Patriota, o Enem tem suas vantagens, porém, sua adesão, como único critério para seleção de estudantes da Univasf prejudica os alunos da região. “O Enem é bom, mas a Univasf, na administração anterior, fez uma opção radical quando adotou o Exame como a única maneira de ingresso na Universidade, fato que vem prejudicando estudantes do semiárido. Acho que deveria destinar 30% ao Enem e 70% ao vestibular tradicional”, comentou.
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