O histórico opositor de Fernando Bezerra Coelho se rendeu ao seu maior adversário político. O eterno concorrente dos Bezerra Coelho, o deputado Gonzaga Patriota, vai ter que apoiar o filho de Fernado, Fernando Filho. Experiente, articulado, Gonzaga terá que ajudar na campanha de um recém chegado a política e que nunca disputou um pleito municipal. Por quê?
A versão oficial é que a coletividade está em primeiro lugar dentro do grupo do PSB, que não existiria na legenda um projeto individual. Mas, que coletividade é essa que no lugar de um histórico militante do partido do governador Eduardo Campos, que batalhou como um louco para tentar ser prefeito de Petrolina, é indicado “um menino”, como disseram alguns petistas, herdeiro de um político influente da cidade? Que coletividade é essa?
Será que não está claro que no PSB de Petrolina manda quem pode e obedece quem tem juízo, e os incomodados que se mudem? Será que é tão difícil perceber que, se Fernando Coelho quisesse, o pré-candidato do PSB poderia ser Gonzaga, ou até mesmo Odacy Amorim. Este último não aceitou perde seu posto para o filho de Fernando.Pulou fora. Acabou achando abrigo no PT.
Ora, quem, em sã consciência, não sabe que foi Bezerra Coelho quem indicou o nome do próprio filho para disputar a prefeitura. Será que existe alguém tão inocente a ponto de acreditar que a sugestão do nome de Fernandinho, ao invés de vim do pai, partiu de Odacy ou Gonzaga?
E agora saem com essa de que não existe projeto individual, que tudo foi feito em nome da “coletividade”. De qual coletividade, a da família de Fernando? Fernando não confia o suficiente em seus colegas de partido para indicá-los a prefeitura? Ou a escolha de Fernandinho se deu porque, tendo um filho na prefeitura, ficaria mais fácil controlar os rumos da cidade atuando nos bastidores, sendo a sombra do governo, sendo o Big Boss?
Gonzaguinha, os amigos que sempre estiveram ao seu lado fazendo oposição a FBC, estão decepcionados. Não abrace a morte. Ainda da tempo fugir da sua foice.