Greve da PM cancela reserva de hotéis para Carnaval e comércio já fala em prejuízo de R$ 400 milhões

Por Ricardo Banana
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Cerca de 10% das reservas de hotéis para o evento já foram desmarcadas.

Com a greve de policiais militares – que completa oito dias nesta quarta-feira (8) -, baianos e turistas estão preocupados com o maior evento do Estado, o Carnaval. Inicialmente, eram esperados três milhões de turistas durante os dias de folia no Estado, mas cerca de 10% das reservas de hotéis já foram canceladas até o momento, de acordo com a Associação Brasileira de Hotéis.

O cantor Léo, da banda Parangolé, afirma que os artistas estão preocupados com a situação no Estado.

– Nunca pensei que Salvador passaria por tudo isso. Ruas vazias, comércio fechando às 18h. Essa época, está cheio de festa, ruas cheias. Empresários estão com as mãos na cabeça, patrocinadores tomando prejuízos. Nós artistas tentamos nos mobilizar pelas redes sociais, o que é possível para que o Carnaval possa acontecer.

A situação de insegurança atinge também o comercio da capital baiana. Segundo a associação do setor, o prejuízo com a greve pode chegar a R$ 400 milhões. Cerca de 30% dos comerciantes do Estado estão fechando as portas antes do horário normal e, quando há alguma informação sobre arrastões, o fechamento ocorre ainda mais cedo.

Também nesta quarta-feira, entidades carnavalescas e blocos fazem uma reunião para verificar os possíveis reflexos da greve no evento. Os representantes devem pedir ajuda à Força Nacional.

Desde a noite da terça-feira, militares acampados na Assembleia Legislativa gritam durante toda a manhã que “o Carnaval acabou”, em uma promessa de que a festa será prejudicada caso governo e grevistas não cheguem a um acordo.

Sem acordo

Na terça-feira (7), o governador do Estado, Jaques Wagner, e os líderes do movimento grevista da corporação fizeram uma longa reunião para decidir os rumos da paralisação, mas, após sete horas de diálogo, as partes não chegaram a um acordo.

Segundo o departamento de comunicação da corporação, não há data para uma nova tentativa de acordo. Segundo a assessoria de imprensa do governador, Wagner se reuniu com representantes da Polícia Militar para propor aumento de 6,5% de salário, mais uma gratificação por trabalho policial gradativa até 2014.O governo informou, porém,  que não tem condições de assumir estes aumentos imediatamente.

A assessoria ainda disse que a questão da anistia aos profissionais que aderiram à greve é o grande impasse nas negociações, já que nenhum dos lados quer ceder.

Fonte: R7.com

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