Hospitais na luta para sair do abismo

Por Ricardo Banana
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Esgoto estourado dentro do Hospital Oswaldo CruzMergulhados em problemas distintos, mas de causas semelhantes – histórica falta de recursos, gerenciamento pouco moderno e estreita política de pessoal –, os quatro hospitais universitários públicos de Pernambuco estão diante de momento crucial: mudar o modelo de gestão e se impor como referência em assistência e formação para brigar por orçamentos maiores que restituam a função de cuidar dos doentes mais graves.

“Deve existir uma luz no fim do túnel. Quando se quer, se consegue”, aposta o hematologista Luiz Gonzaga, 82 anos, que compõe o quadro de ilustres professores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE) e assiste com tristeza à desativação de quase um terço das enfermarias do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, fruto de indecisões políticas repetidas.

Enquanto estudantes de medicina e de enfermagem da UPE, junto com médicos residentes cobrarão a partir de amanhã, em manifestações de rua, ação mais ágil para salvar o Huoc, o Sindicato dos Médicos (Simepe) prepara campanha em favor dos quatro hospitais universitários (os três da UPE e o das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco).

“Há uma negligência absurda dos governos federal e estadual com as duas universidades. Ao mesmo tempo vivenciamos a abertura de escolas privadas de medicina, que propagam ser melhores e usam como professores a grande massa formada pela Federal e a UPE”, comenta Mário Jorge Lobo, presidente do Simepe. Para ele, a valorização dos hospitais universitários públicos não pode mais esperar. “Precisam ter orçamento e acompanhamento específico de gestão”, defende.

FONTE: JC

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