Inverno nordestino será longe do ideal

Por Ricardo Banana
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As chuvas que caíram no final de janeiro ainda não garantem regularidade nem são indicativas da instalação do tão esperado inverno nordestino. No Nordeste, quem comanda as chuvas é a chamada Zona de Convergência Intertropical, um cinturão de nuvens carregadas que em março, abril e maio atua sobre a região e no restante do ano fica posicionado mais acima, na região tropical do Hemisfério Norte.

Daí vem o nome do fenômeno – Intertropical -. Porque ora está mais ao norte, ora está mais ao sul, atingindo o nordeste do Brasil. A ZCIT, abreviação dada pelos meteorologistas, é indicativo de chuva para o Nordeste da mesma maneira que as frentes frias são para o centro-sul do Brasil.

Para este ano, cenário climático atual (Pacífico neutro), de um modo geral, favorece a atuação da ZCIT. Porém, a condição do Oceano Atlântico próximo da costa nordestina é que define a “qualidade” do período chuvoso – entendida como quantidade e duração das chuvas. Neste ano. O período de chuvas vai se instalar gradualmente no decorrer no mês de fevereiro, com maior indicativo de chuvas significativas em março.

Como as águas do Atlântico não apresentam a condição ideal (frio no Atlântico Norte e quente no Atlântico sul, próximo à costa do Nordeste), a tendência é que a partir de abril a Zona de Convergência Intertropical já comece a migrar para o norte, deixando as chuvas restritas ao litoral, entre Natal (RN) e São Luís (MA).

Conclusão: há condições de chuva, porém, elas devem ter distribuição irregular, oque não dá para garantir uma reposição total do nível dos açudes na região. A tendência é termos uma condição melhor do que no ano passado, mas ainda longe do ideal, já que estamos vindos de um longo período seco.

As informações são de Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia: Paulo@met.com.br/ tempoagora.com.br

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