Limoeiro recebe reforço para enfrentar seca

Por Ricardo Banana
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imageCom o objetivo de desenvolver a política de convivência com a seca, o governo federal, por meio do programa Água Para Todos, via Ministério da Integração Nacional (MIN), prevê a instalação de 1.700 cisternas de polietileno, até janeiro de 2014, em Limoeiro, uma das cidades do Agreste pernambucano que decretou situação de emergência este ano. “A ideia é, de fato, universalizar o acesso à água em toda a nossa extensão rural, formada por quatro distritos: Mendes, Orucuba, Gameleira e Ribeiro do Mel. Até agora, já temos mais de mil cisternas instaladas. O trabalho está acelerado”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Marcelo Motta. Segundo ele, no total serão mais de 8 mil pessoas beneficiadas em 51 comunidades rurais que sobrevivem, basicamente, da pecuária (leite e corte), e agricultura com foco na plantação de batata, feijão, milho, cana de açúcar e banana.

No Sítio Chã de Arroz, zona rural do município, o casal de agricultores Juvenal Balbino Silva, 60, e Severina Maria da Silva, 65, já receberam o reservatório. “Depois que colocaram essa cisterna aqui, tenho certeza que as coisas vão melhorar. Se Deus quiser, começo do ano vai chover e a gente vai poder juntar muita água. Quero ver ela cheia. Daí a gente vai viver mais tranquilo. Por enquanto, a gente vai se virando com carro-pipa e com um cacimbão que tem aqui, só que a água não é tão boa”, disse o chefe da família.

Situação semelhante no Sítio Lajes, onde dificuldade por água ainda é o principal problema. “A chegada dessa cisterna foi uma bênção muito grande pra gente. Ninguém aqui tinha um reservatório bom e grande como esse. O sofrimento por água aqui sempre foi muito grande”, contou a presidente da Associação Comunitária dos Moradores de Lajes, dona Maria Ângela de Assis Silva, 50.

Os reservatórios captam a água da chuva e permitem o armazenamento de 16 mil litros, garantindo condições para uma família de quatro a cinco pessoas se manter por até nove meses de estiagem, cenário típico do semiárido nordestino. O material utilizado na fabricação dos reservatórios é adequado à região. “A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147o C, sendo que na região a temperatura máxima pode oscilar em torno de 50o C em períodos de clima mais severo, o que desmistifica a informação incorreta de que as cisternas derretem no calor do sertão. Além disso, essa é uma tecnologia consolidada internacionalmente e utilizada há mais de duas décadas em países com temperaturas semelhantes ou até mais críticas que as encontradas no Nordeste brasileiro”, explicou Amauri Ramos, diretor da Acqualimp, fabricante dos reservatórios. A durabilidade e resistência é outra característica das cisternas de polietileno. “O polietileno, por sua elasticidade, impede que os tanques apresentem fissuras e trincas. O uso do polietileno também impede vazamentos da água, assim como a contaminação por outros líquidos e resíduos sólidos. Desta forma, preserva a qualidade da água armazenada e proporciona benefícios para a saúde da população atendida. Uma cisterna de polietileno pode durar até 30 anos”, conclui Ramos.

EM TEMPO Em Pernambuco (do Agreste ao Sertão), 39.006 mil famílias estão sendo beneficiadas com a instalação das cisternas de polietileno. Além do Dnocs, os reservatórios são entregues pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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