O julgamento do ex-motoboy Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, em outubro de 2008, chega ao terceiro dia nesta quarta-feira, considerado o mais importante. Isso porque o depoimento mais esperado do dia é o do réu, que se pronunciará pela primeira vez sobre o caso. O acusado chegou ao Fórum de Santo André, no ABC paulista, por volta das 8h50m, após passar a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), em São Paulo.
Lindemberg, orientado pela defesa, nunca deu sua versão sobre o crime à polícia nem na audiência prévia. Nesta quarta-feira, será ouvida também a última testemunha do caso, o tenente do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) da PM Paulo Sérgio Schiavo. Ele, ao lado de outros policiais, participou da invasão do apartamento de Eloá na hora do desfecho.
O segundo dia de julgamento foi marcado por tumultos e bate-boca. Exaltada e chamando mais atenção que o próprio réu, a advogada de defesa de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, chegou a dizer à juíza Milena Dias que “ela deveria voltar a estudar”. A mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, iria depor, mas foi dispensada.
Na época do crime, Lindemberg estava com 22 anos. Armado, ele invadiu o apartamento da ex-namorada porque queria obrigá-la a reatar romance com ele. Eloá tinha 15 anos. O sequestro da estudante durou cerca de cem horas. A adolescente foi morta com dois tiros, após a Polícia Militar invadir o apartamento. Uma outra adolescente amiga de Eloá, Nayara Rodrigues, também ficou ferida.
Da Agência O Globo
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