Máfia do açucar: Juri Popular absolve um réu, condena outro e ninguém sai preso

Por Ricardo Banana
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imagem1 imagemTerminou após às 3h da manhã desta quarta-feira (8) o julgamento de dois dos acusados de serem mandantes do crime que matou a 17 anos o auditor fiscal José Roberto Aras, que investigava a chamada “mafia do açucar” responsável por sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Foram quase 18 horas de interrogatórios e argumentações da defesa e acusação. Seriam três réus a serem julgados, entretanto um deles, Alcides Alves de Souza, conseguiu na véspera adiar seu julgamento para 24 de maio.

Ao final, o corpo de jurados, composto por seis homens e uma mulher, decidiram por absolver o Carlos Alberto Campos, conhecido como “Chicletão” e condenar o Francisco de Assis Lima, conhecido como “Barateiro”.

Presidindo a sessão do Juri, a juíza Elane Brandão Ribeiro, observando as decisões tomadas pelos jurados, condenando o “Barateiro” a 17 anos, em regime fechado pela pratica de homicídio qualificado para ocultação do crime de sonegação fiscal. O réu também foi condenado a pagar o valor de R$ 50 mil, a título de reparação do dano pela morte da vítima, e ainda arcará com todas as custas processuais.

Mas como as leis brasileiras são cheias de brechas, ficou o clima de impunidade no ar, já que o “Barateiro”, continuará em liberdade, respondendo recursos apresentados pela sua defesa. A liberdade do réu condenado, segue o mesmo exemplo do executor do crime, o também condenado Carlos Robério Pereira que também foi condenado a 18 anos e está em liberdade.

No próximo dia 24 de maio, Alcides Alves de Souza, outro réu no processo, será levado a juri popular. Com informações do Vale em Pauta (Francisco Evangelista)

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5 comentários

flavio romero 8 de maio de 2013 - 16:42

UM ABSURDO, ABSURDO. CORPO DE JURADO INFELIZ E MALDITO. ERA UNANIMIDADE NO PLENARIO, E POR QUEM ASSISTIU O JULGAMENTO, QUE O ASSIS NAO PODIA RECEBER PENA MAIOR DO QUE O “CHICLETÃO”. COLABOROU C/ A JUSTÇA, FALOU A VERDADE, CONFIRMOU A SUA PARTCPÇ. E A DE CHICLETE NO CRME(arma, plano, apoio ao atentado), MAS O JURI, DE FORMA MUITO ‘estranha”, APAREÇE C/ SSA DECISAO MUITO SUSPEITA!!! ESSE NOVO JURI TEM Q SER FEITO FORA DAQUI.

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mourm 8 de maio de 2013 - 15:06

Asssiiimmm é o Brasil, terra sem lei. E´como no velho oeste, morreu tá morto.

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Calina 8 de maio de 2013 - 14:56

Como diria um ex-professor meu,PASMEM DOUTORES!!! É realmente chocante um resultado desses,o cabeça da máfia,o principal mandante desse crime bárbaro ser absolvido. É vergonhoso,que justiça inútil,que palhaçada… Submeter todas aquelas pessoas, que depois de 17 anos acreditavam que finalmente seria feita a justiça,a quase 18hs de julgamento para continuar tudo como estava! Senhores,se nem um PROCURADOR FEDERAL,filho da vítima, tá conseguindo que a justiça seja feita,o que será dos outros simples mortais que almejam desesperadamente pela intervenção louvável do judiciário? Fica a minha indignação a justça brasileira,que como sempre,falha e minha solidariedade aos familiares da vítima.

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Orlando 8 de maio de 2013 - 8:07

Brincadeira essa justiça, como podemos confiar nisso? Executor condenado, um dos mandantes, Assis, condenado, PORÉM JÁ ESTÁ EM LIBERDADE SEM TER CUMPRIDO NEM 1 ANO DE PRISÃO, e o outro mandante, o famoso CHICLETÃO, saindo livre pela porta da frente. Com a palavra o querido promotor Júlio César, a quem tenho muito respeito pelo seu trabalho, mas teria que ser respeitado pelo corpo do júri, que, pelo que parece, foi tendencioso. LIBEROU UM BANDIDO.

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Raul 8 de maio de 2013 - 7:36

Assisti até certo ponto, mas como se alongou muito tive que sair. Fiquei abismado com tal notícia. Sinceramente, Carlos Alberto (Chicletão) absolvido? Meu Deus… ABSOLVIDO. Pelo andar do processo acreditei que o agora condenado, se condenado, iria pegar uma pena inferior em relação à Carlos Alberto, mas pelo contrário, aquele pegou uma pena alta e este saiu ABSOLVIDO!
Não sei mais para onde correr… Pouco Importa se livres devido aos recursos (tanto jurídicos quanto financeiros), todavia imaginei que a sociedade, os jurados ali presentes, não iriam recuar diante de toda essa crueldade. Mais uma vez desaba diante dos meus olhos mais um pedaço daquilo que pensei que fosse a Justiça.
Como observação final, quem estava presente pôde constatar, haviam jurados (senão todos, até porque alguns poderiam desfasar) num estado de cansaço e indiferença diante de tudo aquilo que uma postulação de Nulidade do Juri (se nossa legislação permitisse, mas claro que não permite nesta ocasião) seria muito acertada por dois motivos: 1- Por um julgamento onde os jurados estejam atentos e aptos a fazer justiça e 2- Para mais uma chace de condenar esse ******** (imaginem o pior adjetivo x10).

É Justiça…. tenho que admitir…. “DESISTO DE VOCÊ!”

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