Mais um cubano abandona o Mais Médicos e foge para os EUA

Por Ricardo Banana
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imagemO médico cubano Ortelio Jaime Guerra, participante do Mais Médicos, anunciou que abandonou o programa do governo federal. Em postagem na sua página do Facebook, ele disse que já se encontra nos Estados Unidos. Guerra trabalhava em Pariquera-Açu, município de cerca de 20 mil habitantes no Vale do Ribeira, interior de São Paulo.

A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde daquela cidade, Willian Rodrigo Virgínio de Souza. O Ministério da Saúde, porém, ainda não confirmou a saída de Guerra do Mais Médicos.

Na mensagem escrita em portunhol, Guerra agradeceu aos amigos que fez na cidade. “Meus amigos de Pariquera Acu, eu preciso que voces conhecan que tivei que ir embora de la sim falar isso pra ninguen por cuestiones da minha seguranca (…) Estou muito agradecido por toda sua bondade, e seu amor, prometo que vou a voltar um dia pra ver a voces, e sempre ficaram no meu coracao”, disse ele, completando: “Disculpen meu portugués, nao tivei muito tempo pra perfeccionarlo, um beijo e um abraco muito grande pra todos”.

Em outra postagem, dessa vez em espanhol, o médico diz: “Para todos meus amigos do Face que me enviaram mensagens preocupados com minha ausência, agradeço-lhes infinitamente, estou bem, agora nos Estados Unidos, e ainda que considere que preciso dar este passo, sempre me sentirei muito orgulhoso da minha terra e minhas raízes.”

O médico não dá detalhes dos motivos que o levaram a abandonar o programa. Na semana passada, Ramona Matos Rodríguez, outra médica cubana, deixou o Mais Médicos, dizendo se sentir enganada pelo governo cubano. O programa paga um salário de R$ 10 mil aos participantes, mas, no caso dos cubanos, o governo da ilha se apropria da maior parte dos rendimentos. Os médicos ficam com apenas US$ 1 mil, dos quais US$ 400 são depositados em uma conta bancária no Brasil.

Outras US$ 50 podem ser sacados por alguém indicado pelo médico em Cuba. Os outros US$ 550 vão para a ilha, podendo ser movimentados pelo profissional somente depois que voltar ao país. O secretário de saúde de Pariquera-Açu, Willian Rodrigo Virgínio de Souza, disse que há mais cubanos no município atendendo pelo Mais Médicos.

André de Souza e Leonardo Guandeline

O Globo

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2 comentários

lene 11 de fevereiro de 2014 - 11:26

esses médicos precisam ser respeitados por nós, eu não entendo pq o governo brasileiro colocou esse povo nessa situação.. e não venha mim dizer q não sabia!! pq com certeza tinha sim o conhecimento de tal fato…quanto a médica vamos dar asilo politico a ela .. vamos ter respeito já q não temos médicos suficientes no brasil vamos ao menos tratar os de outros países com dignidade e pagar o q de fato é justo

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André 10 de fevereiro de 2014 - 23:31

Isso é uma vergonha para o País e para os brasileiros, esses médicos cubanos tem que ganhar o mesmo que os outros, porque deveriam ganhar menos? se são competentes e estamos carentes de médicos, como podem? isto é uma exploração, e inda colocou esses médicos em saia justa, isso pra mim é trabalho escravo importado, e o Brasil NÃO deve ser conivente com isto, paguem o que é justo, independente de legalidade contratual o justo é o justo, a escravidão ja foi legal em uma época escura da nossa história, más nem por isso seria justificada, se não podem pagar não contratem, ABSURDO LASTIMÁVEL, tenho certeza que todos os brasileiros repudiam este tratamento diferenciado,

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