Mesmo com a crise da pandemia, Bradesco lucra R$ 3,8 bi no 1º trimestre

Por Ricardo Banana
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No final do mês de abril o banco Bradesco divulgou os números referente ao seu balanço do primeiros trimestre de 2020. Mesmo apresentando queda em vários quesitos, resultado da crise da pandemia do coronavírus, o banco registrou um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, somente no primeiro trimestre de 2020. Os ativos totais da empresa atingiu a marca de R$ 1,49 trilhão.

O lucro do primeiro trimestre deste ano do Bradesco, comparado com o resultado do mesmo período do ano passado houve uma baixa de 39,8%, mas mesmo assim os números apresentados são extremamente altos. A carteira de crédito expandida foi de R$ 655,09 bi, alta de 17%, na base anual referente a operação com pessoas jurídicas, principalmente das grandes empresas desde o início da pandemia que atingiu o montante de R$ 415,880 bilhões, crescimento de 6,6%. A carteira de pessoas físicas somou R$ 239,214 bilhões, alta de 2,6% em comparação a dezembro de 2019. As receitas de prestação de serviços também teve alta de 2,6%, em comparação ao mesmo período do ano anterior, chegando ao valor de R$ 8,283 bilhões.

Um dos números que chama a atenção é o valor do aumento nas provisões para clientes inadimplentes, que foi de R$ 7,3 bilhões no 1º trimestre, um reforço de R$ 2,7 bilhões em consequência da crise da pandemia do coronavírus.

Antes do Bradesco o banco espanhol Santander já havia apresentado os seu números referente ao primeiro trimestre de 2020 com um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões, com destaque para o aumento dos números da carteira de crédito com um aumento de 21,8% de janeiro a março no valor de R$ 378,5 bilhões, montante recorde emprestado pelo banco, com o maior crescimento para a carteira das grandes empresas.

Os resultados dos números apresentado pelo bancos nada mais é do que a consequência da política do governo fascista/ilegítimo Bolsonaro que, logo no início da crise da pandemia anunciou um programa para salvar os bancos e as grandes empresas no valor de R$ 1,2 trilhão e, não é por um acaso que a carteira de crédito das grandes empresas houve um aumento significativo.

Enquanto que os banqueiros e os grandes capitalistas são agraciados com um gigantesco recurso do Estado, os trabalhadores e a população amargam com as demissões em massa, com um auxílio emergencial que é, na verdade, uma migalha caída na mesa dos patrões e seus governos, congelamento salarial, etc.

Os trabalhadores e a população em geral não devem ter nenhuma ilusão nos banqueiros e seus governos, para eles o que interessa é somente o lucro e salvar as suas próprias peles às custas do aumento da pobreza e do genocida de toda população.

Fonte: Causa Operária

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