Não se engane… Números podem enganar (mentir nunca)

Por Ricardo Banana
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imagemOs números não mentem, a matemática é exata. Entretanto, ainda é muito cedo para se avaliar a progressão de alguns candidatos. Embora o Senador Armando Monteiro tenha uma vantagem considerável em relação a Paulo Câmara pelos números apresentados, mas cautela nunca é de mais. Até porque a campanha política de maior força não começou ainda. Fazendo uma análise em relação ao pleito anterior, quando Eduardo Campos lançou o nome de Geraldo Júlio, e cria-se que por ser desconhecido não daria certo. Todos foram surpreendidos e o mesmo ganhou as eleições para prefeitura do Recife. Tudo bem que o atual quadro político é bem diferente. Além disso, Armando Monteiro tem uma grande história como presidente da Federação das Indústrias e, durante esses anos construiu uma plataforma sólida. Sem contar que é avaliado como um dos senadores mais atuantes do país. Não podemos ignorar e nem subestimar a força e influência do pré-candidato da República Eduardo Campos. Porém, é muito difícil ele se doar incansavelmente em prol da própria campanha dele e de Paulo Câmara simultaneamente. Uma vez que Campos terá que percorrer o país inteiro em tão pouco tempo com uma agenda recheada de compromissos. Só teremos um diagnóstico mais preciso dos números quando começar a campanha do rádio e da televisão. Contudo, quem tem a máquina administrativa nas mãos leva certa vantagem. A dificuldade se torna maior porque Eduardo ainda está divulgando o nome dele, pois há regiões e pessoas que nem o conhecem e nem sabe que ele é pré-candidato. Por isso, precisa correr muito, usar a melhor estratégia de marketing para construir uma imagem que caia nas graças da população. Ele foi um notável Governador de Pernambuco, por sinal muito bem avaliado, mas, seus feitos ficaram em nível de Estado. Isso conta, mas não é tudo, precisa explorar outros aspectos se deseja sair vitorioso desse pleito. A corrida eleitoral para a Presidência exige-se muito, é uma guerra de ideias, propostas e em termos de reais, milhões serão gastos. Vencerá aquele que tiver mais estrutura financeira, carisma e um discurso de convencimento. Embora o povo viva de esperança, não é viável prometer coisas faraônicas e fenomenais, e sim, o mínimo do possível. Mesmo que a grande massa não seja politizada, os discursos demagogos estão fora de moda. Com tantas informações que temos hoje, o povo está mais convicto do que quer, não está tão alheio assim. As mobilizações recentemente mostram uma sociedade mais preocupada com as questões políticas e interesses comuns. A presidente Dilma tem uma grande vantagem porque herdou do Lula um país em crescimento. A política dela é um tanto diferente em alguns aspectos. Digamos que o ex-presidente Lula abriu os cofres para o social, a Dilma fechou, ou seja, foi mais rigorosa em relação à liberação de recursos. Creio que a disputa está aberta, porém, a influência do Lula fará a grande diferença nesse projeto de reeleição. Reconheçamos ou não, o país teve grandes avanços em vários setores no governo dele. É tão verdade que ainda hoje é muito bem avaliado e aceito pela a população brasileira. Na atual conjuntura política em que se encontra o Brasil, não existe um nome que supere o dele e seja competitivo. O povo ainda clama por seu retorno. É fato e, contra fatos não há argumentos. Quanto a Paulo Câmara, ele sofre porque não é uma pessoa conhecida politicamente. É um técnico com larga experiência no setor público, entretanto, ficava no anonimato em relação ao seu concorrente direto. O caminho será mais trabalhoso porque terá que construir perante a opinião pública uma imagem política. Porém, em política partidária não podemos duvidar de nada, lembra-se da Presidente Dilma quando o Lula a lançou? O mais entusiasta diria que a mesma jamais chegaria à presidência da república. Nunca havia sido candidata a nada, desconhecida popularmente. Naquela época era uma decisão arriscada, mas o Lula estava decidido correr esse risco e contrariou à lógica. Às vezes, as pesquisas são reflexos do momento. Portanto, cautela é a palavra mais apropriada. Indubitavelmente, os números mostram indicativos que precisam ser considerados.

Antonio Damião Oliveira da Silva (damis.oliver@hotmail.com)

Graduado em Matemática

Guarda Municipal de Petrolina

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