Conhecido por sua personalidade forte na política e um dos idealizadores dos projetos de irrigação do Vale do São Francisco, Osvaldo fala que os paulistas estão sentindo na pele o que os nordestinos sentem a mais de séculos.
O blog do Banana foi até a residência do ex-deputado para um bate-papo sobre diversos assuntos, como Seca, Política e Educação.
Osvaldo afirma que um dos principais problemas é a desigualdade de regiões do país, e critica o atual governo, de não investir o necessário no Nordeste.
Seca
Sobre a seca, Osvaldo faz um comparativo do atual momento de estiagem vivido no Sudeste (SP) do país, que segundo estudiosos é a maior em 45 anos, e do Nordeste, que historicamente convive com a seca. “Eu diria que a seca entre nós é nossa irmã gêmea, a mais de 200 anos, ela nos atormenta, e tenho “pena” dos paulistas que não sabem como é conviver com a seca, agora o povo do Sudeste está sentindo na pela o que significa uma seca de verdade”. Afirma Osvaldo.
Blog do Banana: Osvaldo como você avalia esse fenômeno da seca paulista?
Osvaldo: Para nós nordestinos o clima é o grande desafio, eu diria que maior que a economia. Os paulistas se queixam muito da economia, da inflação, da depressão do milagre, e nós sempre dependemos do clima. Com isso quero dizer que o Brasil tem regiões muito desiguais, contrariando o maior princípio de sensatez. “Temos uma Federação que é uma união de estados, e nela temos estados muito fortes” e estados muito fraco”, por que uma federação existe por uma união de estados, e isso não quer dizer que se juntam por ser muito fortes ou muito fracos. Entendo isso como uma anomalia. O Brasil teima em achar que vai florescer uma Democracia existindo desigualdades de potencias dos estados, ou seja alguns muito ricos e outros muito pobres, é preciso um investimento homogêneo no brasil. O problema é que culpa do governo “dorme” diante do descaso.
Blog do Banana: Qual seria a melhor saída para tal desigualdade Osvaldo?
Osvaldo: É preciso um governo que de fato esteja preocupado em pôr fim nas desigualdades regionais, dando prioridade ao Nordeste, que a séculos vive em um índice muito desigual em relação a outras regiões, para que dessa forma haja um equilíbrio econômico.
Blog do Banana: Como você avalia o semiárido pernambucano? Pode ser uma saída para o avanço da economia se houver investimento?
Osvaldo: Isso com certeza. Na região Sertão do estado temos grandes riquezas. Temos o rio São Francisco, grandes açudes, ou seja, temos água farta nessa região. Agua é o bem mais raro do mundo hoje. Segundo o presidente do Banco Mundial, vai haver guerras terríveis por água, em um futuro muito próximo. Contudo, nós temos água, temos um solos maravilhosos na bacia do São Francisco, e todos eles irrigáveis e temos sol, ou seja, temos tudo para ser uma grande civilização. Os projetos estão caminhando no sentido certo, como o projeto de irrigação do Salitre, Pontal, o canal do sertão que vai atender 17 municípios, não esquecendo o projeto de Santa Maria da Boa Vista. O Sertão de Pernambuco tem um fecho de projetos, e tem uma grande possibilidade de avanço.
Educação
Blog do Banana: Como você avalia a educação da região?
Osvaldo: Temos um grande desafio é o acesso à grandes escolas. As grandes escolas já chegaram, como Institutos Federais, Universidades privadas e Universidades pública. É preciso potencializar as escolas públicas, tem que ter qualidade. É necessário um bolsa de incentivo para os jovens que se formam no ensino médio. Uma bolsa que seja menos burocrática, de fácil acesso desde o agricultor até o jovem urbano.
Política
Blog do Banana: Diante desses 44 anos de vida pública, estreitamente ligado à política, em quem apostar como representação para Petrolina nessa campanha atual?
Osvaldo: acredito que ai haver uma escolha do melhor. Para deputado federal temos a princípio quatro candidatos, e o povo com certeza vai escolher o melhor deles. Guilherme Coelho que está entre os quatro candidatos, ao meu ver é o melhor para representar Petrolina. Guilherme já foi Prefeito de Petrolina duas vezes e foi considerado um dos melhores prefeitos do Brasil, ele “plantou muito”. Entendo que Guilherme é um candidato sem nenhuma rejeição, justamente pelo seus feitos em Petrolina, como Univasf, Aeroporto, Codevasf, entre outras obras importantes para o município de Petrolina, e principalmente boas ideias para o futuro. O eleitor precisa entender que é preciso votar para o bem dele e não para o bem dos candidatos. Fazer política é pensar no coletivo. Tenho confiança que Guilherme vai ser deputado federal.
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