A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as causas e os culpados do rompimento de barragem da Vale, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. A informação é da jornalista Bruna Narcizo e publicada na coluna de Mônica Bergamo.
De acordo com o delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, responsável pelo caso, o objetivo promover as perícias e outras diligências que poderiam ser impossíveis de fazer posteriormente. “Queremos apurar o mais rápido possível a fim de apontar os responsáveis, caso existam e a dimensão do dano ambiental”, diz ele.
Ao todo, 9 pessoas morreram e mais de 300 estão desaparecidas por causa do rompimento. O ministério do Ambiente informou que a empresa será multada em R$ 250 milhões.
O governo mineiro suspendeu as atividades da empresa em Brumadinho.
A Vale já é é ré uma ação da Justiça Federal desde 2016, ao lado da Samarco e da BHP, em uma ação por homicídios e crimes ambientais. Em 2015, a cidade de Mariana (MG) sofreu a maior tragédia ambiental da história do País. A barragem de Fundão rompeu-se, liberando cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Ao todo, 19 pessoas morreram e 40 mais de cidade municípios entre Minas e o Espírito Santos foram atingidas.
Após o desastre em Mariana (MG) BHP, a Vale e a Samarco criaram a Fundação Renova, para custear as reparações aos afetadas pela tragédia. A fundação tem até 10 anos para aplicar mais de R$ 4 bilhões em compensações. Segundo o Bom Dia Brasil, até novembro de 2018, os auxílios financeiros e indenizações pagos somaram R$ 1,3 bilhão. (247)