Pré-sal, desprezado por Parente, fez do Brasil gigante do petróleo

Por Ricardo Banana
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Dez meses após o presidente da Petrobras, Pedro Parente, dizer que a estatal foi vítima de um “endeusamento do pré-sal”, o Brasil se consolida como o décimo maior produtor de petróleo do mundo e o maior da América Latina.

O Brasil é hoje responsável pela produção de 2,6 milhões de barris por dia, segundo dados do Anuário Estatístico 2017 Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os números revelam que o pré-sal já fez a produção brasileira crescer mais do que a da Noruega e é hoje maior do que a do México e da Venezuela, que pertenciam até pouco tempo ao seleto grupo dos dez maiores produtores do mundo.

A produção brasileira cresceu 3,2% em 2016, ficando à frente da Noruega, que registrou um aumento de 2,4%, e de Omã, cuja produção cresceu 2,4%, ainda de acordo com dados da ANP. Só em junho, a média diária de produção da estatal brasileira no pré-sal foi de 1,35 milhão de barris, alcançando o recorde de 1,42 milhão em 19 de junho. Isso já equivale a 63% de toda a sua produção mensal.

Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), “enquanto a Petrobras bate recordes após recordes de produção no pré-sal, fica cada vez mais claro que de petróleo o presidente da empresa não entende nada”. Os resultados podem ser celebrados hoje “graças aos investimentos dos governos Lula e Dilma, que Pedro Parente classifica como ‘malsucedidos’ e ‘ideologizados'”, lembra a entidade.

“Seu expertise é desmontar empresas para vendê-las barato, como já fez na Bunge e corre agora contra o tempo para liquidar a Petrobrás”, critica ainda a FUP. “Nunca antes na história da indústria de petróleo se viu um gestor querer abrir mão de reservas gigantescas e estratégicas, como vem fazendo o presidente da Petrobrás, ao desdenhar do pré-sal”, completa em nota a Federação. (247)

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