De olho no início do ano letivo em várias escolas da Região Metropolitana do Recife (RMR), o Procon-PE, em parceria, com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, realizou a segunda pesquisa de preços de material escolar deste ano. Os pais dos estudantes devem ficar alertas: o órgão constatou diferenças percentuais de até 250% entre os produtos solicitados pelas instituições de ensino, embora também tenha comprovado que alguns itens baixaram o preço nos estabelecimentos comerciais em relação ao mês de dezembro de 2012. A pesquisa foi feita entre os dias 7 e 11 de janeiro.
Ao todo, 13 lojas do Recife, Olinda e Paulista foram avaliadas. A pesquisa teve como base os produtos iguais ou semelhantes mais pedidos na lista de material escolar, como lápis de cor, hidrocor, régua, tesoura, apontador, cadernos e alguns tipos de papel. Um dos itens que mais elevou os preços foi a borracha branca látex da marca Arco Íris, que chega a custar R$ 0,40 centavos em um estabelecimento e R$1,40 em outro. Vale lembrar que as escolas não podem cobrar alguns itens na lista de material escolar. A borracha bicolor foi outro produto com diferença de preço elevada, sendo encontrada a R$ 0,50 em uma loja e R$ 0,15 em outra, um percetual de 233,33% de aumento.
De acordo com o Procon-PE, o objetivo da coleta de preços é fornecer ao consumidor uma amostra das diferenças de valores que ele pode encontrar no mercado de material escolar, chamando atenção para a necessidade da comparação de preços antes da compra. O órgão alerta os pais que não comprem produtos de marcas mais conhecidas, uma vez que, geralmente, possuem preços mais elevados. A orientação é que os consumidores não levem os filhos na hora da compra do material escolar. As crianças são mais influenciadas pela propaganda das marcas, que usam apelos como personagens de desenhos animados e artistas para atrair o consumo.
Outra dica do Procon é que o consumidor deve negociar descontos e prazos para pagamento fazendo comparações em vários estabelecimentos. A compra em conjunto pode facilitar as negociações. Na busca pelo menor preço é importante também que o consumidor não se esqueça de atentar para a qualidade e procedência dos produtos.
A pesquisa de preço completa está disponível no site do Procon-PE (www.procon.pe.gov.br) e no quadro de avisos da sede do órgão (Rua Floriano Peixoto, nº 141, São José). Confira abaixo as maiores diferenças de preços encontradas.
Maiores variações de preço:
Produto: Borracha branca látex (marca Arco Íris)
Maior preço: R$ 1,40
Menor preço: R$ 0,40
Diferença percentual: 250%
Produto: Borracha bicolor
Maior preço: R$ 0,50
Menor preço: R$ 0,15
Diferença percentual: 233,33%
Produto: Papel dobradura
Maior preço: R$ 0,75
Menor preço: R$ 0,15
Diferença percentual: 200%
Produto: Borracha bicolor (marca Arco íris)
Maior preço: R$ 1,40
Menor preço: R$ 0,50
Diferença percentual: 180%
Produto: Caneta hidrocolor 12 cores (marca Arco Íris)
Maior preço: R$ 9,69
Menor preço: R$ 3,75
Diferença percentual: 158,40%
Produto: Caderno brochura 96 folhas (marca Tilibra)
Maior preço: R$ 6,95
Menor preço: R$ 2,70
Diferença percentual: 157,41%
Produto: Caderno universitário 10 matérias capa dura 200 folhas (marca Tilibra)
Maior preço: R$ 15,90
Menor preço: R$ 6,42
Diferença percentual: 147,66%
Itens que não podem ser cobrados na lista de material escolar
– papel ofício
– fita adesiva
– pincéis/lápis para quadro branco
– álcool líquido ou em gel
– algodão
– artigos de limpeza ou higiene (desde que não seja de uso individual do aluno)
– cartucho de tinta para impressora
– CD e DVD
– copo descartável
– taxa de reprografia
– agenda escolar específica da escola
Itens que podem ser cobrados na lista de material escolar
– lápis grafite
– lápis de cor
– lápis hidrocor
– caneta
– caderno
– livro didático entre outros materiais de uso didático
Fonte: Diário de Pernambuco
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