Faço parte do grupo dos bobalhões, pois sou contra o ENEM na Univasf. Na condição de professor da Univasf e da Uneb, convivo com a realidade. Os cursos de engenharia realmente possuem concorrência baixa, e as vagas realmente são ocupadas por alunos da região. Mas, o que fazer? Obrigar que os alunos optem por engenharia? A questão se centra naquilo que é a cereja do bolo: o curso de medicina. Dificilmente um aluno da região consegue uma vaga. Por que? (a) qualidade da escola pública e privada deixam a desejar em relação aos grandes centros, de modo que (b) ao concorrerem num vestibular nacional, como é o caso do ENEM, suas chances são reduzidas extremanente. É aplicação do darwinismo, puro e simples. A lei do mais forte. E o que ocorre? Alunos que não conseguem obter nota para ingressar em cursos de medicina em suas regiões, ingressam na Univasf. Viram “ribeirinhos” por acidente. Não por opção. Sem o Enem, só viriam quem realmente quissesse aqui estudar.
Luiz Antonio Costa de Santana
Blog do Banana
2 comentários
Parabéns a Luiz Antônio, mesmo podendo sofrer perseguição dentro da UNIVASF, já que a cúpula é a favor, mostra a altivez de um autêntico ribeirinho. Muitos ciriiticaram e criticam os alemães por aderirem ao nazismo. No entanto, lá quem fosse contra, pagava com a vida. Aqui, mesmo não pagando com a vida, muitos preferem seguir quem está no poder, já que é mais cômodo. Então um convarde, que prefere o coomodismo de cargo a lutar por uma realidade melhor para todos, não tem moral para criticar ninguém. Pparabéns a esse verdadeiro ribeirinho de Juazero. Como petrolinense, e na falta de um legímo conterrâneo que se posicione a altura de Luiz, resta-me apenas aplaudir a sua coragem.
Eu também sou comtra o ENEN na UNIVASF, pelo que tem mais alunos de fora a minoria de medicina principalmente é daqui da região. Então acho que teria que acabar com oENEN sem contar que são poucos os alunos que fazem o ENEN e cursam o curso que realmente desejam, porque estudam o curso que a nota cabe, e isso é injusto.