Professores da UFPE e UFRPE fazem assembleias para decidir greve

Por Ricardo Banana
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Os professores das universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e da Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizam assembleias gerais para discutir os rumos da greve nas instituições na manhã desta sexta-feira (3). A reunião acontece após mais uma rodada de negociação entre os sindicatos nacionais e os ministérios do Planejamento e Educação, em Brasília, na última quarta-feira (1º). Entretanto, a expectativa é de que a paralisação continue nas duas instituições.

Na reunião da última quarta, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) – que, de acordo com a entidade, representa cerca de 20 mil professores em 77 campi – assinou o termo de acordo com o governo federal, assegurando o reajuste aos professores da instituições federais de ensino superior. Entretanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) – ao qual as associações de professores da UFPE e UFRPE estão ligados – não aceitou a proposta. O Andes foi também quem iniciou o movimento grevista.

Na UFRPE, a assembleia deve ter início às 9h30, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe). Segundo o professo Ademir Ferraz, presidente da comissão das demandas trabalhistas, a expectativa é de que o quadro atual não tenha alteração. “O Proifes é uma entidade formada pelo governo e não comporta nem 5 mil professores no Brasil. O Andes responde por 75 mil; logo, o Proifes não responde pelos professores. Não estamos mais preocupados que o governo passe um rolo compressor”, contou.

A assembleia da UFPE deve começar por volta das 10h, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). “Na quarta, foi apresentada basicamente a mesma proposta que já tínhamos rejeitado anteriormente. Vamos avaliar o movimento, todo o quadro e tomar mais uma decisão”, relatou o professor José Luiz Simões, vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe). Juntas, as duas universidades possuem quase 50 mil estudantes.

O reajuste

O termo de acordo proposto pelo governo federal assegura a todos os docentes um reajuste de pelo menos 25% sobre a remuneração de março, quando houve aumento de 4%. Para os professores titulares o índice atinge até 40%. Os valores serão pagos em três parcelas, nos anos de 2013, 2014 e 2015.

Pela tabela apresentada pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Educação, um professor titular, com dedicação exclusiva, passa de R$ 12.225,25 para R$ 17.057,74 ao se completar a aplicação do índice.

Esta é a segunda e definitiva proposta apresentada, de acordo com o governo. Pela anterior, onde os reajustes partiam do índice de 12%, o custo seria de R$ 3,92 bilhões e o pagamento ocorreria nos meses de julho. Agora, com os novos índices, o impacto no Orçamento da União é de R$ 4,2 bilhões. Além disso, a aplicação dos índices foi antecipada para março de cada ano.

Fonte: G1 PE

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