Professores de escolas privadas entram em greve por tempo indeterminado

Por Ricardo Banana
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imagemProfessores da rede particular de ensino de Pernambuco paralisaram as atividades por tempo indeterminado. A greve foi deflagrada, nesta quarta-feira (5), em assembleia realizada no Centro Social da Soledade, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife, e nas subsedes do Sindicato dos Professores (Sinpro) de Caruaru e Limoeiro, no Agreste, e Petrolina, no Sertão. As principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial em 10% e vale alimentação.

De acordo com o coordenador geral do Sinpro, Jackson Bezerra, a decisão foi tomada porque não houve avanço nas tentativas de negociação com o patronato. “Fizemos seis rodadas de negociações, além de outra com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os patrões se negam a sentar com a gente pra conversar. Então, acredito que a decisão foi um avanço para a categoria”, revelou. Ainda de acordo com Jackson, o objetivo é que as 2,5 mil escolas da rede privada e os 500 mil alunos fiquem sem aulas.

Após a deflagração, cerca de 300 docentes saíram em passeata até a sede do Sinpro, em Santo Amaro, também no Centro do Recife. Segundo o professor de sociologia e história, Salviano Feitoza, o patronato só vai considerar as reivindicações apresentadas pela categoria quando perceber as consequências da paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe), José Ricardo Dias Diniz, o patronato está aberto para negociação com os professores.

Na pauta de reivindicação há a unificação dos pisos em R$ 12 por hora/aula; vale alimentação para todos os professores com dois turnos na mesma escola, bonificação de 30% em ano de Bienal do Livro em Pernambuco para compra de exemplares; assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores; convênios e planos de saúde para os professores. O Sinpro também cobra o direito a 15% de hora/aula atividade e os docentes se posicionaram contrários à implantação de câmeras de monitoramento nas salas de aula.

Na próxima quinta-feira (6), serão realizados, durante o dia, piquetes nas escolas para impedir os demais professores a dar aula. Ainda na quinta, às 15h, está marcada uma nova reunião de negociação com o patronato no MTE, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Já no domingo, será realizada uma “bicicleata” com o tema “Domingo é Nosso”. A concentração acontece, às 8h, no Marco Zero e segue até o Parque da Jaqueira, no bairro do mesmo nome. O objetivo, segundo a categoria, é mostrar que os professores têm direito ao descanso.(Folha-PE)

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