Passado os dias de folia do carnaval e o feriado prolongado, o momento agora é de redobrar a atenção com a saúde, principalmente com as viroses e infecções típicas da época. As doenças são o resultado das aglomerações de pessoas em um único espaço, pouco cuidado com a saúde, falta de descanso e até mesmo os beijos e a ocorrência de relações sexuais desprotegidas. Para evitar maiores transtornos, os profissionais da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE), estão orientando a população sobre os cuidados pós-carnaval.
Segundo o médico Tennnyson Cavalcante, é muito comum surgir viroses após o período carnavalesco, mas é preciso estar atento aos sintomas. “O que estamos verificando com mais frequência aqui na UPAE são as doenças do sistema respiratório e as gastrointestinais. Ou seja, são os resfriados comuns e gripes, que podem vir acompanhados de dor de cabeça, febre, fraqueza, diminuição do apetite, além da diarreia aguda, que na sua grande maioria estão relacionadas aos alimentos”, explica.
No caso das gastroenterites, o fator mais comum são os alimentos que muitas vezes não são consumidos em casa. “Muitas pessoas comem alimentos que não sabem a procedência e o preparo, a temperatura em que a comida estava sendo conservada, como foi manipulada e há quanto tempo estava exposta”, lembra.
O médico destaca que as pessoas se tornam mais propensas a contrair as doenças justamente durante o carnaval, visto que não se alimentam direito, não se hidratam e reduzem o tempo de sono. Esses são considerados os fatores que contribuem significativamente para o aumento do número de atendimentos envolvendo estes casos. “Entre as orientações que passamos neste momento é que as pessoas voltem a rotina, procurem beber muita água, realizem regularmente as seis refeições diárias e aproveitem para descansar o corpo após o festejo.”
O profissional lembra ainda sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). “Por se tratar de uma festa com um volume muito grande de pessoas, às vezes termina ocorrendo a troca de muito parceiros, e evidentemente relações sexuais sem o uso de preservativo. Nestes casos de exposição, é aconselhável procurar o serviço de referência para passar pela triagem e realizar os testes específicos que podem detectar ou afastar a possibilidade de alguma IST”, finalizou.
Ascom
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