Ranilson diz em entrevista que não esperava pela seca

Por Blog do Banana
A+A-
Reset

Em entrevista ao radialista Vinícius Santana na tarde de ontem 24, o secretario de Agricultura de Pernambuco Ranilson Ramos disse que o estado não esperava pela seca. “Nem organismos internacionais previam essa estiagem. Tínhamos até a expectativa de um inverno razoável “, revelou o secretario.

A declaração de Ranilson contradiz o que meios de comunicação, populares e integrantes de movimentos socais  vinham afirmando. Para muitos, essa falta de chuvas é cíclica. Portanto,  já era previsível. Sendo assim,  os órgãos competentes poderiam ter se preparado melhor para enfrentar os danos sociais causados pela seca.

Related Posts

7 comentários

Dr. Antonio Lessa 29 de maio de 2012 - 9:58

Aqui é na Europa não tem seca !!!

Responder
Verdadeiro olho vivo 27 de maio de 2012 - 8:35

SECRETARIO NÂO TEM Q ESPERAR PELA SECA. TEM Q PREVENIR< DAR SOLUÇÕES E NÃO FICAR COM A BOCA ESCACARADA ESPERANDO A SECA GHEGAR.REALMENTE VC NÃO TÁ COM NADA!

Responder
ADALTO MELO 25 de maio de 2012 - 11:07

Criatividade, “sertanejeidade” e propriedade nas palavras bem escritas, aliadas à essência de um grande bodocoense que canta, encanta, colore e faz bem com seu forró iluminado. Quem pensa que Flávio Leandro é só xote, arrasta pé e folia, vai se surpreender com sua serena, porém afiada forma de escrever.

Talvez a seca por Arnaldo Jabor ou quem sabe, Paulo Coelho, mesmo com belas palavras, seria apenas mais um relato da seca. Mas um bodocoense, poeta cantador, que fala da seca que cerca os seus olhos e além de tudo, que traduz o seu olhar em uma visão crítica a fim de construir dias melhores, tem mesmo de ser difundido. Flávio não deixa passar despercebida a miopia dos tribunais que já avisaram aos prefeitos nordestinos: serão punidos os gestores de municípios que estiverem em estado de emergência, e que ainda assim, realizem grandes festejos juninos.

Vale a pena ler! Flávio é mesmo o Poeta Cantador que o Nordeste se orgulha e tenho o prazer de acatar sua sugestão, postando aqui no blog suas ideias iluminadas sobre a seca.

“A hipocrisia política brasileira é assombrosa, especialmente, a de oposição. Parece que estamos vivendo algo extremamente novo em relação ao clima do nordeste quando o assunto é seca. Desde que o nordeste é nordeste a seca existe. Desde que política é política no Brasil, a cantilena é a mesma: Ninguém faz absolutamente nada de sério em prol de uma convivência harmoniosa do sertanejo com a seca. Agora, já com a bomba na iminência da explosão e, de calças curtas, conseqüência de uma política desqualificada no tocante a ações preventivas de combate ou diminuição dos efeitos da mesma, a regra é cortar.

A tesoura da incompetência afiada pelos conselheiros dos tribunais de contas municipais dos estados nordestinos, lubrificada pelas patéticas oposições sertão afora e estampada pela mídia sensacionalista de nosso país, será manuseada, à força, pelos gestores do executivo do nordeste para cortar a sua maior festa, o São João. E, o que é pior, justo no ano do centenário do grande cantador das nossas coisas, Luiz Gonzaga. A quem devemos render as maiores homenagens. O homem que dentre mil genialidades, oficializou o São João. Infelizmente, nenhum fundo preventivo para momentos como estes, foi criado. E aí, querem tirar de onde não deve. Ora, as despesas com as Festas Juninas já foram previstas no orçamento do ano passado.

De posse disso, a cadeia produtiva do São João se preparou para tal, como acontece todo ano. O hotel não dormiu no ponto, o restaurante comeu pra valer, as barracas, quiosques e afins não cochilaram, as lojas de roupas chitas, calças e camisas botaram sua melhor vestimenta, as costureiras estão apostas, os sons foram testados, os palcos estão quase montados, as luzes estão prontas pra calar o breu, os tocadores de forró prepararam o repertório e, o sertanejo, que não está morto, está sem água, e aí, se virem os políticos, já passou sebo nas canelas. Quer festa! Que mal há nisso? Não temos que assumir postura de mortos vivos e abdicarmos de nosso direito sagrado a alegria, que aliás, é o maior patrimônio do povo brasileiro. Cortar a festa junina do sertanejo da seca é punir com a lei quem já foi punido pela natureza. A seca é nossa realidade, seus efeitos escancarados, passados de geração em geração, são a prova de nossa falta de compromisso com o voto.

A agropecuária é um forte setor de qualquer economia no mundo, mas, quando ela vai mal, o que temos que fazer além de socorrer os diretamente penalizados, é fortalecer outros setores da economia para suprir essa falta. A roda da economia não pode parar. Quer um exemplo? Economize os R$ 10 milhões que são gastos no São João de Caruaru para você enterrar a economia local e retirar do seu povo os R$ 200 milhões que são gerados a partir da cadeia produtiva dessa festa. Idem Campina Grande, Petrolina, Amargosa, Cruz das Almas e Companhia. É um disparate! Um despautério! Como disse um dia não sei quem: É prosopopeia flácida pra acalentar bovinos. Temos que ficar atentos sim. Vigilantes. Na certeza de que nossos irmãos menos favorecidos e mais penalizados não passem privações. Na certeza de que a mão do governo está chegando para ampará-los e quando isso não ocorrer, denunciarmos. Na certeza de que, se preciso for, iremos exercitar a maior concorrente de nossa alegria, a nossa generosidade. Sejamos humanos, não hipócritas, pois, a economia gerada com o corte nas festas juninas é café pequeno diante da grandiosidade da seca e, além de não irrigar nosso chão, deixará de chover no solo de outras áreas igualmente importantes de nossos parcos setores produtivos. Sigamos o exemplo de Israel que, quando chove, chove um décimo do nordeste, mas, no entanto, tem o maior sistema agropecuário do mundo.

Quem escreve estas palavras é um cantador sertanejo de Bodocó-PE. Um forrozeiro. Que antes que alguém diga que está chorando atrás de shows, já avisa, que Graças a Deus, sua agenda junina está ótima. Um criador de ovelhas. Um matuto que gosta das Coisas do Sertão e suas nuances. Que nesse momento não se encontra em nenhuma praia do litoral brasileiro, mas, na zona rural de seu município. Na sua residência. No mato. No centro do centro do Nordeste. Vendo em cada amanhecer as agruras da seca, mas, tendo a convicção de que no primeiro momento em que o céu encher o seu bucho de nuvens e der cria a uma chuva o sertão vestirá sua melhor roupa, uma roupa verde, bela. Dará uma grande gargalhada e sairá, de novo, para outra festa!”

Flávio Leandro – O Poeta Cantador

Responder
Joaquim da Silva Rabelo 25 de maio de 2012 - 10:30

eu também não esperava!! na verdade eu tinha certeza que esse ano ia nevar aqui em Petrolina!!!

Responder
PETROLINA PEDE SOCORRO! 25 de maio de 2012 - 10:07

TEM PROBLEMA NÃO SECRETÁRIO, FALA COM JULIO “ÓCIO”, ELE É TODO PODEROSO…É O PREFEITO FAZ TUDO…PEDE UMA NUVENS CARREGADAS QUE ELE MANDA….

Responder
Leitora. 25 de maio de 2012 - 9:43

A seca, realmente, é algo que ninguém espera. Principalmente no nordeste, onde CHOVE o ano todo, onde as paisagens sao sempre verdes, e os animais sao sempre os mais vistosos do pais. Francamente, é melhor ler isso, que ser cego! AFF!

Responder
Tá incomodando! 25 de maio de 2012 - 8:09

Ah, tá… Ele esperava o papai noel e afada dos dentes. Ora faça-me o favor Ranilson, vc é secretário de Pernambuco não é do Amazonas não viu? Dizer que não esparava pela seca? São por essas e outras, que vc não ganha mais nem pra Síndico de condomínio. Tem que mendigar mesmo pro Governador ter dar algum emprego mesmo. Que nível meu Deus…

Responder

Deixe um comentário