Simulados na internet e videoaulas ajudam estudantes que farão o Enem

Por Ricardo Banana
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imagemA duas semanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estudantes que se preparam em casa para a prova relatam ansiedade com a proximidade das provas e seguem rotinas de estudos que incluem videoaulas e simulados na internet e em projetos gratuitos. O Enem será aplicado nos dias 5 e 6 de novembro e este ano soma 8,6 milhões de inscritos.

Igor Ferreira Costa, 17 anos, cursa o 3º ano do ensino médio em uma escola pública do município de Eusébio (CE) pela manhã, à tarde faz estágio e só tem tempo para estudar para o Enem à noite. Apesar do cansaço, ele consegue estudar entre três e quatro horas diárias para o exame. Igor está investindo no treino das redações. Escreve três por semana e uma corretora da escola onde estuda revisa os textos. Nos dias que não faz redação, se dedica a outras disciplinas.

Os fins de semana também são preenchidos pelo estudo com um projeto de reforço de português gratuito que Igor frequenta no bairro onde mora. Ele diz que está “bastante ansioso” e que na escola os professores dão apoio psicológico para tranquilizar os estudantes. “Eles ajudam tanto no psicológico quanto na parte de conhecimento. Nos dizem que, se não der certo nesse ano, podemos tentar novamente depois”, diz.

Estudos e afinidade

Igor conta que dedica mais tempo de estudo às matérias com que tem menos afinidade. “Estudo mais o que não tenho afinidade que é ciências humanas e a parte de matemática. Ciências da natureza estudo moderadamente porque tenho mais facilidade”, disse. O candidato ainda está indeciso entre três opções de curso: química, agronomia e engenharia de gás e petróleo.

Também estudante do 3º ano do ensino médio em uma escola pública de São Paulo (SP), William Gabriel Fortes, 17 anos, diz que nesse período pré-exame “basicamente só estuda”. São cerca de seis horas de estudo por dia em casa antes de ir para aula, no período da noite. O material mais usado por ele são vídeos na internet, principalmente os da plataforma Hora do Enem.“Até comprei apostilas, mas prefiro videoaula. Quando estou lendo a apostila não tem como pesquisar ali na hora se surge uma dúvida. Com os vídeos dá uma impressão de sala de aula, de ter um professor ali me explicando”, conta.

William Fortes diz que está ansioso desde que fez a inscrição para o Enem. “Na reta final, a ansiedade piora e o cansaço também. Quando estou cansado, paro um pouco o estudo e espero uns cinco minutos”, disse.

A meta do estudante é cursar medicina, mas ele não descarta a possibilidade de tentar inicialmente uma vaga para enfermagem. O candidato diz que só vai desacelerar o ritmo dos estudos na semana da prova. A dica que ele dá a quem também está se preparando para o Enem é manter a motivação. “Quando você sabe o que quer fazer, tudo faz mais sentido e a motivação é o que dá força para manter o ritmo”.

Videoaula é a solução

A jovem Karolayne dos Santos, 18 anos, vai concluir este ano o ensino médio em uma escola pública no município de Nossa Senhora das Dores, em Sergipe, e como não tem condições de fazer cursinho, também recorre a videoaula para estudar em casa.

A rotina diária de quatro horas de estudo inclui a plataforma online Hora do Enem. Nos fins de semana, ela faz simulados disponíveis em sites da internet. “Sem a internet, acho que seria mais difícil porque eu só poderia contar com os livros e não tenho livros que são tão atualizados como o conteúdo das aulas na internet”, diz.

Para ficar por dentro das atualidades e garantir uma boa nota na redação, Karolayne lê notícias na internet e assiste telejornais. “Faço uma redação por semana. Pego temas que estão nos jornais e escrevo sobre o assunto”, explica. Para a correção do texto, ela conta com a ajuda de uma amiga que faz cursinho e leva as redações de Karolayne para uma professora. Ela também está indecisa entre os cursos de administração, arquitetura ou agronomia.

Nessa reta final para o Enem, professores dão dicas como traçar um cronograma para organizar a rotina de estudos, resolver provas anteriores do exame e escrever pelo menos uma redação por semana. (Agência Brasil)

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