TIM contrata auditorias para apurar derrubada de ligações

Por Ricardo Banana
A+A-
Reset

A TIM contratou duas consultorias independentes para contrapor as acusações feitas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em agosto, de que a operadora estaria interrompendo propositalmente ligações dos clientes do plano pré-pago Infinity. O resultado das auditorias, feitas pela PricewaterhouseCoopers e a Ericsson Brasil, segundo a TIM, confirmam que não houve derrubada intencional de chamadas e também não mostram diferenças na quantidade de ligações entre usuários de planos pré ou pós pagos.

O presidente da TIM no Brasil, Andrea Mangoni, afirmou, no entanto, que tanto a suspensão de vendas de chips imposta pela Anatel no final de julho quanto a acusação feita em agosto pela agência trouxeram um “impacto severo na imagem da empresa que ofuscaram os fundamentos da companhia”.

“Atestamos (a partir das auditorias) com aferições nos sistemas que não houve nada de irregular no nosso sistema e vamos provar para a Anatel”, completou Mario Girasole, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da TIM, durante conference call com analistas.

O resultado da auditoria da Price já foi entregue à Anatel. O da Ericsson será encaminhada até o fim deste semana.

“Fizemos as auditorias para dar um parecer independente que possa contribuir com a investigação da Anatel”, detalhou Rogério Tostes, diretor de relações com investidores da operadora.

As acusações da Anatel foram feitas em agosto, um mês depois de ter proibido a TIM de vender chips por conta do grande número de reclamações de clientes em relação ao serviço prestado. Tostes disse ainda que a empresa foi “vítima” neste caso e, por isso, pediu o auxílio de empresas independentes na apuração do problema.

Resultados

A TIM Participações teve lucro praticamente estável no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, com itens não recorrentes fazendo com que a empresa apresentasse resultado abaixo do previsto pelo mercado.

A segunda maior operadora de telefonia móvel do país teve lucro líquido de R$ 318 milhões de julho a setembro, contra R$ 316,6 milhões um ano antes e a expectativa média de R$ 352 milhões de analistas.

A empresa lançou no trimestre uma provisão de R$ 26,1 milhões relacionada a procedimentos administrativos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entre 2007 e 2009. Segundo a TIM, a probabilidade de perda mudou de “possível para provável”.

Outro evento não recorrente — no valor de R$ 16,1 milhões — é referente a créditos publicitários no Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil, publicações que faliram. No front operacional, os números da TIM vieram dentro do esperado por analistas.

A receita líquida total foi de R$ 4,7 bilhões no terceiro trimestre, alta de 8% na comparação anual e em linha com a média de seis estimativas obtidas pela Reuters, que apontava para R$ 4,66 bilhões.

A TIM foi afetada no período pela suspensão de vendas de serviços por 11 dias, no fim de julho, por alegações de má qualidade. Segundo o presidente da TIM, Andrea Mangoni, a suspensão teve “pesado impacto na nossa imagem e em menor escala, na parte financeira”.

“É natural que depois de um período de forte crescimento alguns ajustes finos e correções sejam necessários”, afirmou ele em mensagem no demonstrativo do resultado da companhia.

“Tomamos os eventos recentes como uma oportunidade para repensarmos nossa estratégia quanto à rede e à qualidade, fazendo mudanças relevantes, começando por algumas mudanças na administração, até revisão de processos”, acrescentou.

Fonte: Agência O Globo

 

Blog do Banana

Related Posts

Deixe um comentário