TIME: CRISES DE TEMER PODEM TRAZER DILMA DE VOLTA

Por Ricardo Banana
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imagemMatéria publicada pela revista Time, uma dos mais influentes veículos de comunicação da mídia norte-americana, avalia que os seguidos “choques políticos” do governo do presidente interino Michel Temer trouxeram de volta a possibilidade de retorno da presidente eleita Dilma Rousseff ao poder, algo que até pouco tempo era considerado improvável.

“Os desdobramentos conduzem à sugestão de que Rousseff talvez sobreviva ao voto final no Senado sobre seu impeachment, atualmente marcado para o começo de agosto, logo depois do início dos Jogos Olímpicos no Rio”, diz o texto intitulado “Como o aprofundamento da crise no Brasil pode salvar Dilma Rousseff” e assinado pelo correspondente Matt Sandy.

Na matéria, o jornalista relembra as crises do governo interino em apenas 30 dias à frente do Executivo, a exemplo do anúncio de uma equipe ministerial sem negros ou mulheres, a queda dos ministros do Planejamento e da Transparência, Romero Jucá e Fabiano Silveira, respectivamente, e a extinção da pasta de Cultura, recriada em seguida em função das críticas e da mobilização da classe artística.

A Time destaca como a crise mais recente os pedidos de prisão feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador e ex-ministro de Temer Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da República José Sarney.

A revista avalia, ainda, que o sucesso de Temer está atrelado diretamente a conseguir “resgatar o Brasil de sua pior recessão desde os anos 1930, com uma contração do PIB de 5,4% no último ano”. Apesar disto, a publicação ressalta que “ainda não se sabe se ele [Temer] conseguirá unir os rachados partidos políticos para tomar decisões econômicas duras em temas urgentes como a reforma previdenciária”.

De acordo com a revista, o futuro de Temer e Dilma também passa pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. O texto cita como exemplo a delação premiada do ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que poderia comprovar o financiamento ilegal da campanha eleitoral da chapa que elegeu Dilma e Temer em 2014. (247)

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