Com o objetivo de melhorar a articulação da Rede SUS na região, profissionais do Serviço Social e Núcleo de Educação Permanente da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) se reuniram esta semana com representantes do CAPS II (Saúde Mental) e III (Álcool e outras Drogas – AD). Na pauta, os entraves encontrados na referência e contrareferência entre os serviços, e as dificuldades identificadas dentro da própria Rede.
“Fomos provocados pela supervisão geral do Serviço Social do IMIP Recife e prontamente aceitamos o desafio de tentar melhorar o fluxo desse perfil de usuário dentro da Rede Socioassistencial. Por isso, convidamos os CAPS II e III para uma conversa”, explica a supervisora do Serviço Social da UPAE, Nazaré Cunha.
Participaram do momento a coordenadora do CAPS Mental, Vanessa Carvalho, e a enfermeira Maíra Almeida, além da enfermeira do CAPS AD, Juliana Andrade. “Acho de extrema importância esse diálogo e aproximação entre os serviços, pois assim podemos conhecer as principais demandas e entender as dificuldades de cada setor. Esperamos que o fluxo realmente possa melhorar e para isso colocamos a nossa equipe à disposição, que apesar de reduzida busca ser bastante resolutiva”, ressalta Vanessa.
“Muitas vezes, e por vários motivos, o paciente e a família não aderem ao tratamento oferecido no CAPS e/ou ambulatorial e acaba retornando à rede de saúde pela porta de entrada da urgência e emergência, que não é o correto para esses casos. O paciente psiquiátrico, por exemplo, não precisa chegar ao extremo de um surto, ele pode e deve ser tratado nos serviços de referência. A utilização do serviço de Pronto Atendimento é realmente só para casos extremos e não uma porta de entrada para o paciente fazer o tratamento. Para esse tipo de entendimento é que as reuniões se tornam tão importantes”, ressalta a coordenadora de enfermagem da UPAE, Grazziela Franklin.
“O que nós estamos buscando aqui é justamente essa continuidade do tratamento e a aproximação da Rede, para que essas pessoas tenham cada vez mais apoio e que esse suporte inclua as famílias de forma efetiva. Precisamos inverter esse fluxo, pois a porta de entrada desse paciente na Rede deve ser pelo CAPS e não pela urgência e emergência”, ratifica a coordenadora do NEP, Martapolyana Torres.
Com a reunião ficou pactuado que os CAPSs passarão toda a programação de atendimentos para que os encaminhamentos da UPAE possam ser feitos de forma mais eficaz, e que, sempre que possível, farão uma busca ativa do paciente a partir dos dados levantados pelo Serviço Social da Unidade. “Muitas vezes o paciente sai daqui com o encaminhamento, mas não chega ao CAPS. Então, com a possibilidade dessa busca ativa uma menor quantidade de pacientes irá ‘se perder’ nesse trajeto”, acredita Martapolyana.
“Ficamos felizes com o encontro e certos de que os nossos usuários, que nesse caso são os mesmos do CAPS, serão os maiores beneficiados. O trabalho do Serviço Social da UPAE de Petrolina vai além do acolhimento, atendimento e orientações, e busca integrar-se à Rede SUS de forma efetiva nos âmbitos da saúde e cidadania. Portanto, quanto mais engajados e articulados estivermos, melhor”, finaliza Nazaré.
Ascom
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