Vaqueiros celebram Luiz Gonzaga com missa cavalgada em Exu

Por Ricardo Banana
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Dezenas de vaqueiros prestaram, na tarde desta sexta-feira (14), uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga com uma “missa cavalgada” pelas ruas de Exu, no Sertão pernambucano. Montados em cavalos, vestidos com gibão e chapéu de couro, homens e mulheres celebraram uma versão reduzida da Missa do Vaqueiro, inventada pelo Rei do Baião e o padre João Câncio.

O religioso era fã de vaquejada e, principalmente, Luiz Gonzaga, que nunca se conformou com a morte do primo vaqueiro Raimundo Jacó. Segundo a biógrafa francesa Dominique Dreyfus, Gonzaga acreditava que o parente, ligado à família Alencar, tinha sido assassinado por alguém da família inimiga Sampaio. O homicídio nunca foi esclarecido.

O episódio foi transformado em uma triste música, “A Morte do Vaqueiro”, em parceria com Nelson Barbalho. “Numa tarde bem tristonha, gado muge sem parar, lamentando seu vaqueiro, que não vem mais aboiar”, diz o primeiro trecho da canção, que acabou virando o hino da missa, criada na década de 1970, com uma liturgia inspirada na vida dos vaqueiros nordestinos.

Nesta tarde, havia gente de todas as idades, todos integrantes da Associação de Vaqueiros da Fazenda Pau de Arara, em Exu, segurando faixas e uma imagem de Gonzagão. “É a nossa forma de lembrar Luiz Gonzaga, que deu muito valor a gente”, disse o vaqueiro João Silva. Informações do G1.

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