VEREADOR ZÓ DIZ QUE PROBLEMA DE MEDEIROS É CASO DE AMOR MAL RESOLVIDO

Por Ricardo Banana
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imagemO pronunciamento do vereador Crisóstomo Lima (Zó do PCdoB) na manhã desta quarta-feira (19) tocou nas manifestações de rua que acontecem no Brasil, deu mote para uma moção de apoio ao movimento que será realizado em Juazeiro e centrou fogo na questão da venda do terreno localizado na antiga Praça Barão do Rio Branco, parte das instalações do Colégio Edson Ribeiro: “Tem um ditado em Juazeiro: Um dia um “cabra” foi comprar umbu. Quando botou na boca disse: Oh umbu azedo! A vendedora: “Também com um prefeito desse!”

Segundo Zó, querem jogar no colo do prefeito o que não é responsabilidade dele: “Durante anos a prefeitura tentou barrar a venda, foi à Justiça, resistiu, e perdeu, sendo obrigada a fornecer o alvará de construção da parte excedente da doação feita na década de 50”. Zó historiou a questão da propriedade do terreno e completou: “o município fez o que podia”.

Os apartes

Foi aparteado pelo vereador Alex Tanuri (PSDB): “fico triste quando vejo Juazeiro ser tomado pela Diocese. Eu sou católico, mas a Diocese bota pessoas para fazer as negociatas dos terrenos. Acho que fazem errado. Não faz transparente”, referindo-se à forma como os terrenos da Diocese são comercializados, sem acordo com a prefeitura e os órgãos encarregados do planejamento urbano da cidade. “Estas mesmas pessoas ainda queriam tomar Juazeiro!”, espanta-se o vereador Tanuri.

Também o vereador Damião Medrado (PSD), em aparte a Zó, citou o caso do bairro Pedro Raymundo onde uma área, dita como praça e pertencente à municipalidade, foi apropriada por uma empresa, depois de urbanizada e cuidada pela comunidade, com a aprovação da Diocese. “Infelizmente somos tomados de surpresa pela Diocese estar vendendo os terrenos públicos. Daqui a pouco até nossas residências serão tomadas pelo grupo que está vendendo os terrenos da Igreja!”, indignou-se Damião.

Por sugestão de Alex Tanuri, com o endosso de Damião e de outros vereadores, Crisóstomo Lima acatou a sugestão de fazer uma CPI: “Acho que não é a Diocese, são pessoas que estão infiltradas, usando a Diocese, usando a Igreja Católica. Poderíamos fazer uma CPI, com assinatura dos 21 vereadores, para investigar quem são estas pessoas”.

O vereador José Carlos Medeiros (PV), também em aparte, provocou e disse que a CPI deveria ser mais abrangente: “Sugerir a criação de um CPI nesta Casa para investigar essa questão da Diocese e aproveitar a oportunidade para investigar também o Delta Park, a Nova Juazeiro, como também do Parque de Vaquejada”.

Batendo de volta

Ao retomar o discurso, Zó agradeceu os apartes e concluiu: “Dizer ao vereador Medeiros que não misture alhos com bugalhos. O Senhor tem de parar com insinuações! Por respeito à cadeira que o povo lhe deu!”, repreendeu. “Toda vez que se fala qualquer assunto aqui o senhor vem com insinuações com o prefeito Isaac. Acho que o senhor tem um amor recolhido pelo prefeito Isaac, ficou no meio do caminho, e aí toda vez tem que misturar Isaac (em qualquer assunto). É assim mesmo. Toda vez que você tem um amor mal resolvido, fica só pensando nesse amor!”, brincou Zó.

Para encerrar o vereador Zó enfatizou, de forma séria e contundente: “Não quero acusar a Diocese, porque sou católico, tenho muito respeito à religião católica, ao bispo, a diversos padres e, por respeito devemos trazer alguém da Igreja Católica, alguém da Prefeitura Municipal e discutir a regularização fundiária de Juazeiro”.

Tumultuado, o final de seu discurso foi de troca de acusações com o vereador Medeiros: “Ninguém aqui tem medo de CPI. Ninguém aqui tem empregado fantasma! O Senhor não intimida ninguém, muito menos a mim, viu vereadorzinho!”, encerrou, depois de repreender novamente José Carlos

Medeiros pela “má educação” e insinuações sem provas.

ASCOM – Vereador Zó (PCdoB)

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